O senador José Serra é autor de projeto que derruba a Lei de Partilha e retira a Petrobrás da condição de operadora única do pré-sal. (Marcello Casal/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2015 às 16h00.
Ativistas de diversos movimentos sociais e sindicais realizaram ato público em frente à antiga Bolsa de Valores do Rio - sal às petrolíferas estrangeiras, principalmente o senador tucano José Serra, um dos palestrantes convidados para um debate que teve como tema "as perspectivas de abertura do pré-sal", patrocinado pela Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
O senador provavelmente chegou e saiu de helicóptero, furtando-se ao contato com o público, já que não passou pela entrada do prédio.
Participaram do evento petroleiros, representando o Sindipetro-RJ e o Sindipetro-Caxias, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), militantes do MST, MAB, FIST, o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, a CUT, jovens do Levante Popular da Juventude, representantes de vários partidos políticos de esquerda e populares.
O pré-sal tem tanto petróleo que colocará o Brasil entre os três países detentores das maiores reservas do mundo: ao lado da Arábia Saudita e da Venezuela. Isso está despertando a cobiça dos abutres internacionais.
O senador José Serra (PSDB/SP) é autor de um projeto (PLS 131) que derruba a Lei de Partilha e retira a Petrobrás da condição de operadora única do pré-sal.
Além disso, elimina a prioridade atualmente garantida às empresas nacionais que atuam no setor petróleo, visando a desenvolver a indústria local e garantir emprego aos brasileiros.
Do lado de fora do prédio da antiga Bolsa de Valores as vaias ao senador entreguista e as palavras de ordem de quem quer que o pré-sal fique sob controle dos brasileiros, provavelmente ecoaram em seus ouvidos e da plateia.