Plataforma da Petrobras na Bacia de Santos: em alto-mar, na Bacia de Santos, petroleiros embarcados das plataformas de Merluza e Mexilhão também participam dos protestos (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 10h32.
São Paulo – Mais de 4 mil trabalhadores terceirizados da Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão (RPBC) paralisaram as atividades hoje (21) em protesto contra o leilão do Campo de Libra, na Bacia de Santos, marcado para esta segunda-feira.
Os demais petroleiros com contrato direto já tinham aderido à greve nacional dos petroleiros pelo mesmo motivo, na última sexta-feira (18).
Além paralisar as atividades, os trabalhadores bloquearam por uma hora os dois sentidos da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, próximo à entrada do Portão 10 da refinaria, liberando as pistas pouco depois das 8h.
Como consequência, os veículos ficaram retidos entre os quilômetros 267 e 268, no sentido Cubatão e do 270 ao 268, no sentido Guarujá. O ato contou com representantes do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, da CSP-Conlutas e de outras entidades sindicais que, igualmente, são contrárias à privatização.
De acordo com nota do Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista (Sindipetro-LP), a greve deve durar o dia todo e o movimento atinge outas unidades como os terminais Pilões, em Cubatão, e Alemoa, em Santos, além dos prédios administrativos da Petrobras em Santos.
No Litoral Norte, a greve por tempo indeterminado conta com a adesão dos trabalhadores da Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato, em Caraguatatuba, e do Terminal Marítimo Almirante Barroso (Tebar), em São Sebastião.
Em alto-mar, na Bacia de Santos, os petroleiros embarcados das plataformas de Merluza e Mexilhão também participam dos protestos.
O comunicado do Sindipetro-LP ressalta que a estimativa é de que o Campo de Libra, a maior descoberta de petróleo já feita no país, tenha média de 12 bilhões de barris o que é, praticamente, a mesma quantidade de petróleo descoberta durante 60 anos pela Petrobras. Convertidos em valores, esses barris valeriam R$ 3 trilhões.
O consórcio vencedor do primeiro leilão do pré-sal brasileiro deve pagar à União um bônus no valor de R$ 15 bilhões.