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Petroleiros iniciam paralisação por tempo indeterminado

Os trabalhadores da Petrobras filiados aos 12 sindicatos da Federação Única dos Petroleiros entraram em greve às 15h de hoje (1º), por tempo indeterminado.


	Tanque da Petrobras: greve de petroleiros é contra a venda de ativos, corte de investimentos, interrupção de obras e retirada de direitos da categoria.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Tanque da Petrobras: greve de petroleiros é contra a venda de ativos, corte de investimentos, interrupção de obras e retirada de direitos da categoria. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2015 às 16h42.

Os trabalhadores da Petrobras filiados aos 12 sindicatos da Federação Única dos Petroleiros (FUP) entraram em greve às 15h de hoje (1º), por tempo indeterminado.

A paralisação, comunicada pela FUP na quinta-feira passada (29) ao Ministério Público do Trabalho (MPT), afeta todas as unidades da empresa e se soma ao movimento iniciado no último 24 pelos cinco sindicatos representados pela Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (RJ) e diretor da FUP, Simão Zanardi Filho, a greve é contra a venda de ativos, corte de investimentos, interrupção de obras e retirada de direitos da categoria.

“A greve foi decidida há mais de 45 dias. Porém, antes de iniciar o processo de greve  tentamos negociar com a Petrobras, com o acionista majoritário, que é o governo federal, mas não tivemos sucesso em nosso pleito”, disse Simão.

Segundo Zanardi, por causa dos turnos de trabalho nas refinarias, plataformas e demais unidades da empresa o procedimento de parada da produção será gradativo e pode durar até 72 horas, a partir da tarde de hoje. 

“A ideia é fazer do início da paralisação um marco zero para toda produção e depois negociar as cotas de produção, com mediação do MPT e junto à Petrobras”, afirmou o sindicalista.

Conforme Zanardi, a FUP e os sindicatos a ela filiados se valerão de uma decisão judicial, já transitada em julgado, caso a Petrobras retenha trabalhadores nas mudanças de turno, mediante o oferecimento de horas extras, para garantir a continuidade da produção.

“A empresa não pode manter os trabalhadores em cárcere privado. A cada dez horas, será obrigada a fazer a rendição, sob pena de multa de R$ 10 mil por hora em que cada trabalhador permanecer além da jornada.”

Em nota, a Petrobras informou que está disposta a discutir as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). “A apresentação da nova proposta econômica na quarta-feira (28) - 8,11% de reajuste nas tabelas salariais - e a proposição de detalhar as cláusulas do ACT em reuniões acordadas com os sindicatos reforçam esse compromisso”, acrescentou a nota da empresa.

Sobre as mobilizações dos sindicatos, a Petrobras destacou que “não há prejuízos à produção ou ao abastecimento do mercado”.

* Colaborou Tâmara Freire, do Radiojornalismo da EBC no Rio de Janeiro.

Editor Armando de Araújo Cardoso

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