Ministro Tarcísio de Freitas, da infraestrutura, em leilão na B3, em São Paulo (Eduardo Frazão/Exame)
Carla Aranha
Publicado em 19 de novembro de 2021 às 11h31.
Última atualização em 19 de novembro de 2021 às 18h49.
Um dos maiores gargalos de logística do porto de Santos, a movimentação dos graneis líquidos, pode estar com os dias contados. O leilão do mega terminal STS 08A, realizado nesta sexta, dia 19, na B3, em São Paulo, com investimentos previstos de quase 700 milhões de reais, foi vencido pela Petrobras mediante uma oferta de 558 milhões de reais, acima do valor esperado pelo mercado, que trabalhava com uma faixa de 300 a 400 milhões de reais.
“Regularização contratual, previsibilidade e uma condição de operação superior são grandes legados desse leilão”, disse Diogo Piloni, secretário de portos do Ministério da Infraestrutura.
Como parte das obrigações contratuais, a Petrobras, que já operava o terminal, precisará fazer obras para ampliar a capacidade de armazenamento da área portuária e novos berços para a atração de navios. Também está prevista uma remodelagem da área pela qual passam os dutos que levam às refinarias de combustível.
O governo também pretendia licitar o terminal STS 08, também de combustíveis, mas o mercado não se animou a apresentar propostas. O Ministério da Infraestrutura deve fazer ajustes na licitação e lançar um novo edital.
Privatizações
As primeiras desestatizações de áreas portuárias inteiras estão previstas para começar em 2022. A Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), de Vitória, deve puxar a fila – a privatização deve acontecer no início do ano que vem.
O porto de Santos, considerado a joia da Coroa, deve movimentar cerca de 16 bilhões de reais.
Também está programada a privatização do porto de Itajaí, em Santa Catarina, e de São Sebastião, no litoral de São Paulo. Ao todo, as licitações de portos devem gerar investimentos de 20 bilhões de reais até o final do ano que vem.