Brasil

Petrobras refuta que Graça tentou burlar decisão do TCU

Estatal refutou as informações de que a presidente da companhia teria feito "qualquer movimentação patrimonial com o intuito de burlar a decisão do TCU"


	Presidente da Petrobras, Graça Foster, participa sessão de comissões do Senado
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Presidente da Petrobras, Graça Foster, participa sessão de comissões do Senado (Antônio Cruz/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 20h46.

Rio - A Petrobras divulgou nesta quarta-feira, 20, posicionamento em que "refuta veementemente" as informações de que a presidente da companhia, Graça Foster, tenha feito "qualquer movimentação patrimonial com o intuito de burlar a decisão do TCU".

No último dia 23 de julho, o Tribunal de Contas da União determinou o bloqueio de bens de diretores da estatal responsabilizados pelo prejuízo de US$ 792,3 milhões com a compra da Refinaria de Pasadena.

Reportagem do portal do jornal O Globo desta tarde afirmou que no dia 20 de março a executiva teria transferido dois imóveis no Rio de Janeiro para seus filhos.

Um terceiro imóvel teria sido transferido também para o filho em abril. Além dela, o ex-diretor da Área Internacional, Nestor Cerveró, também transferiu três imóveis a familiares 45 dias antes da determinação do bloqueio de seus bens pelo Tribunal de Contas da União (TCU), segundo confirmou seu advogado.

De acordo com a nota encaminhada pela Petrobras, Graça Foster não era citada na decisão do TCU do dia 23 de julho. O comunicado também ressalta que a executiva já providenciava a doação dos imóveis desde junho de 2013.

"Documentos pessoais da presidente da companhia comprovam que, desde junho de 2013, ela já vinha providenciando a documentação necessária para a lavratura das Escrituras de Doação de Bens Imóveis aos seus filhos com Cláusula de Usufruto", diz o documento.

"É importante frisar que doações de bens são atos legítimos, previstos em lei e objetivam evitar futuros conflitos entre herdeiros", completa.

A companhia também descreve os procedimentos realizados pela presidente Graça Foster para a doação dos imóveis, sendo eles avaliação, obtenção de certidões, verificação do valor de tributos, elaboração de minutas das escrituras e formalização da transferências, "culminando todos esses atos em 20 de março e 9 de abril de 2014", afirma a nota.

A nota da Petrobras ressalta que a decisão do TCU sobre o bloqueio de bens de "potenciais responsáveis por supostos danos ao patrimônio da companhia" ainda será submetida a apuração no âmbito de Tomada de Contas Especial antes de uma condenação formal.

Hoje, o Tribunal voltou a adiar o julgamento sobre a inclusão da atual presidente da Petrobras entre os diretores responsabilizados pela compra da refinaria de Pasadena.

Graça Foster era diretora de Gás e Energia durante o processo de aquisição da refinaria, mas não foi citada no acórdão do TCU por um erro do tribunal.

O advogado geral da União, Luis Inácio Adams, fez a defesa em plenário da atual presidente da companhia e também articula com os ministro do Tribunal uma saída para que Graça Foster não seja incluída entre os gestores responsabilizados.

Segundo ele, a decisão inviabilizaria a permanência da executiva na presidência da empresa.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasExecutivos brasileirosGás e combustíveisGraça FosterIndústria do petróleoMulheres executivasPetrobrasPetróleoPolítica no BrasilTCU

Mais de Brasil

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados