Brasília - O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, usou seus minutos finais na apresentação que fez na Confederação Nacional da Indústria (CNI) para tecer críticas à gestão da Petrobras.
Segundo o tucano, a estatal é "vítima da armadilha criada pelo atual governo".
"Estamos na contramão do mundo. Ao subsidiar combustível fóssil, a Petrobras é a única empresa que quanto mais vende combustível mais prejuízo tem. Está amarrada por uma demanda de investimentos que não terá condições de fazer", disse.
O tucano destacou ainda a importância do agronegócio e disse que é preciso romper preconceitos que ainda cercam o setor.
Ele aproveitou também para falar sobre o setor energético, o qual, segundo Aécio, está "na UTI". Ele defendeu que o setor de energia seja tratado com medidas duradouras.
Para encerrar sua apresentação a empresários industriais, o candidato fez um apelo pela mudança de governo.
"Ou o Brasil encerra esse ciclo e constrói uma grande e nova aliança com a sociedade para romper estruturas carcomidas, ou daqui a quatro anos os desafios serão ainda maiores", disse. "O Brasil não merece o governo que está aí e o novo de verdade somos nós", finalizou o tucano.
O candidato afirmou ainda que o atual governo deixa a seu sucessor um Brasil desmobilizado e afirmou que sua candidatura não é uma construção individual.
"Ela (candidatura) é hoje de uma parcela da sociedade que acredita na gestão pública eficiente. O setor público pode apresentar resultados positivos", disse.
Aécio afirmou que as empresas públicas, em seu mandato, não serão instrumento de poder. Na avaliação do tucano, o país vive hoje uma crise federativa "extremamente grave".
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1. 2014 problemático
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1/11 (Galdieri/Bloomberg)
São Paulo - O primeiro trimestre ainda nem acabou, mas a
Petrobras já acumulou problemas neste período que podem valer para o ano inteiro. Entre processo de investigação de propina, preço das
ações despencando e produção de
petróleo menor, a petroleira dá indícios que não vive um bom momento. Veja, a seguir, 10 enroscos em que a Petrobras já se meteu neste ano:
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2. Investigação sobre propina
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2/11 (Sérgio Moraes/Reuters)
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3. Endividamento bilionário
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3/11 (REUTERS/Nacho Doce)
A captação de 8,5 bilhões de dólares anunciada pela Petrobras nesta semana deve impactar ainda mais o endividamento da estatal. Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo,
a dívida líquida da petroleira deverá passar de 100 bilhões de dólares até 2018. De acordo com o novo plano de negócios quinquenal da Petrobras (2014-2018), 60,5 bilhões de dólares serão levantados em dívida bruta nos próximos cinco anos.
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4. Queda da produção
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4/11 (Pedro Lobo/Bloomberg News)
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5. Multa bilionária
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5/11 (REUTERS/Sergio Moraes)
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6. Ações despencaram
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6/11 (Alexandre Battibugli/EXAME)
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7. Valor de mercado menor
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7/11 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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8. Preço do dólar divergente
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8/11 (Bruno Domingos/Reuters)
Durante evento para divulgar seu plano de investimentos para os próximos cinco anos, a Petrobras afirmou que vai trabalhar com um dólar de 2,23 reais neste ano.
A cotação média do mercado, no entanto, ultrapassa a cifra de 2,40 reais e a diferença está preocupando o mercado, que não consegue entender como a estatal chegou a esse valor.
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9. Preço do combustível
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9/11 (Divulgação/Petrobras)
A interferência do governo nos negócios da Petrobras também tem preocupado investidores, principalmente quando o assunto é o polêmico reajuste no preço do combustível.
A fim de não aumentar a inflação, o governo tem segurado os preços e a estratégia tem impactado negativamente a petroleira. A estimativa do mercado é que a empresa tenha deixado de ganhar 1,1 bilhão por não repassar alta do petróleo.
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10. Independência do governo
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10/11 (Francois Lenoir/Reuters)
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11. Agora, veja 20 empresas que dominam o país
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11/11 (AGÊNCIA BRASIL)