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Petrobras desconhecia cláusulas de Pasadena, diz ex-diretor

Depois de aprovado pelo presidente e por todos os diretores, o documento foi apresentado e referendado pelo Conselho de Administração


	Ex-diretor sobre Pasadena: “Aprovamos e depois é que obsevamos essas cláusulas"
 (Agência Petrobras / Divulgação)

Ex-diretor sobre Pasadena: “Aprovamos e depois é que obsevamos essas cláusulas" (Agência Petrobras / Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 14h27.

Rio de Janeiro - O ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou hoje (10) que o documento recebido pela empresa sobre a compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, não continha todas as informações sobre o negócio. Segundo ele, nem todas as cláusulas do contrato foram analisadas para posterior aprovação.

Depois de aprovado pelo presidente e por todos os diretores, o documento foi apresentado e referendado pelo Conselho de Administração, que reúne representantes dos acionistas, entre eles ministros do governo. “Aprovamos e depois é que obsevamos essas cláusulas. Elas complicaram a sustentabilidade econômica do negócio”, disse Estrella, durante seminário da Plataforma Operária e Camponesa para a Energia no Rio.

Segundo ele, a compra da refinaria era estratégica para a Petrobrás, que buscava agregar valor ao petróleo pesado para exportação. Acrescentou que a refinaria norte-americana pareceu uma boa ideia, principalmente porque localizava-se no maior mercado consumidor de petróleo do mundo.

“Agora, ela já foi comprada. Refinamos toda a refinaria. Não transformamos a refinaria para óleo pesado, porque descobriram gás do xisto nos Estados Unidos, o que está sendo investigado. Temos de apurar se houve ou não dolo na ausência dessa de informação nos documentos recebidos pela diretoria”, salientou Estrella.

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