Lula: o clima ainda é tranquilo em frente à residência de Lula (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de julho de 2017 às 18h06.
São Paulo - Lideranças petistas começam a chegar à Avenida Paulista para uma manifestação de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro no caso do triplex do Guarujá pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O presidente estadual do partido, Luiz Marinho, já está no vão livre do Masp e diz "estranhar o cronômetro usado pelo juiz Sergio Moro".
De acordo com Marinho, o juiz estaria "trabalhando" para beneficiar Michel Temer.
Além disso, Marinho reafirmou que o candidato à presidência pelo PT será Luiz Inácio Lula da Silva - e que qualquer coisa fora disso deve ser considerado "golpe eleitoral".
A indicação do PT nacional é que cada diretório promova manifestações de solidariedade ao ex-presidente Lula.
"É de se estranhar que essa condenação aconteça agora, justamente no momento em que o foco está no afastamento de Michel Temer", diz Paulo Fiorilo, presidente do PT-SP.
"Claro que a ideia é impedir o ex-presidente Lula de participar do processo político. Trata-se de um ataque à própria democracia. A luta está posta e vamos resistir", disse o deputado estadual Luiz Fernando Ferreira (PT).
Em frente à residência de Lula, em São Bernardo do Campo, o clima ainda é tranquilo.
Há pouco, não havia a presença de manifestantes, apenas representantes da imprensa e um grupo de sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que fazia vigília.
Motoristas e motoqueiros que passavam na avenida em frente ao prédio ocasionalmente buzinavam ou gritavam mensagens de protesto ou apoio a Lula.