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Pesquisa mostra que brasileiros não acreditam em guerras no país

Levantamento do Ipea mostrou que maioria da população não acredita que um conflito armado ocorra no país nos próximos 20 anos

A Amazônia e o pré-sal são os motivos mais citados entre os  os que acreditam que o país vai entrar em guerra (Divulgação)

A Amazônia e o pré-sal são os motivos mais citados entre os os que acreditam que o país vai entrar em guerra (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2011 às 14h34.

Brasília – Levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que maior parte dos brasileiros não acredita na hipótese de o país se envolver em guerra com outras nações nos próximos 20 anos. De acordo com o estudo, a ocorrência de conflitos armados é considerada pouco provável por 30,4% da população e impossível por 34,3%. Já 34,7% dos entrevistados temem que o país se envolva em guerra em função de interesses sobre a Amazônia brasileira (50,2%) e sobre o pré-sal (45,5%). Os dados fazem parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre Defesa Nacional, divulgado hoje (15).

Segundo o Ipea, há “uma percepção de que os interesses estratégicos envolvendo a Amazônia e o pré-sal afetarão de forma significativa as relações do Brasil com outros países do mundo, e mesmo a possibilidade de conflitos armados envolvendo o Brasil nas próximas décadas é encarada como factível por grande parte dos entrevistados”, diz o documento.

Apesar de considerarem que os interesses acerca da Amazônia possam ser o estopim de conflitos militares, mais de 60% dos brasileiros são favoráveis ao trabalho de organizações não governamentais (ONGs) estrangeiras na região.

A pesquisa identifica ainda, dentre uma lista de países pré-selecionados, aqueles vistos como possíveis ameaças militares ao Brasil nos próximos 20 anos. Em primeiro lugar vem os Estados Unidos, com cerca de 37% de indicações dos entrevistados, seguido pela Argentina, com 15,6%, e pela Bolívia, com 12,2%.

Dentre os mesmos países pré-selecionados, procurou-se também determinar quais poderiam eventualmente desempenhar o papel de importantes aliados ou parceiros do Brasil. Novamente, os Estados Unidos despontaram com o maior número de citações: 32,4%. Na sequência aparecem a Argentina (31,4%), a China (16,7%), a Bolívia (15,1%), o Paraguai (15%) e os países da Europa (14,6%).

O estudo aponta ainda que o crime organizado é a ameaça que atualmente produz maior medo entre os brasileiros: 54,2% dos entrevistados afirmaram temer os efeitos da criminalidade sobre suas vidas.

Além disso, desastres ambientais ou climáticos também foram apontados como possíveis
ameaças por 38,6% dos entrevistados. O terrorismo e as epidemias foram indicados como eventos relevantes por cerca de 30% dos entrevistados.

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