Mello e Lima: os dois candidatos disputam o segundo turno em SC (Facebook Jorginho Mello/Reprodução/PT/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2022 às 21h44.
Na disputa pelo governo de Santa Catarina no segundo turno das eleições 2022, Jorginho Mello (PL) tem 69% dos votos válidos, e Décio Lima (PT), 31%, de acordo com pesquisa eleitoral Ipec encomendada pela NSC Comunicação e divulgada nesta terça-feira, 18.
Para os votos válidos, são desconsiderados brancos, nulos e as pessoas que dizem que não sabem. É desta forma que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) faz a contagem oficial da eleição.
Para a pesquisa, foram ouvidas 800 pessoas entre os dias 16 e 18 de outubro, em 40 municípios de SC. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A sondagem foi registrada no TSE com o número BR-09340/2022.
Em uma pergunta estimulada, com os nomes apresentados em formato de lista aos entrevistados, Jorginho Mello aparece com 59%, e Décio Lima tem 26%. As pessoas que não sabem são 6%, brancos e nulos somam 9%.
De acordo com a pesquisa, 83% dos eleitores estão decididos em relação ao voto e 16% dizem que ainda podem mudar de candidato até o dia da eleição.
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Os candidatos Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT) disputam o segundo turno das eleições 2022 para o governo de Santa Catarina. Mello obteve 38,61% dos votos válidos (1.575.912 votos) no primeiro turno, em 2 de outubro, e Lima recebeu 17,42% (710.859 votos).
Em terceiro lugar, ficou o atual governador Carlos Moisés (Republicanos), que ficou de fora da disputa com 16,99% (693.426 votos). Para vencer em primeiro turno, um candidato precisaria de 50% dos votos válidos mais um, excluindo brancos e nulos.
Para os cargos de governador e de presidente, quando nenhum dos candidatos atinge 50% mais um dos votos válidos, a eleição vai para o segundo turno. Em 2022, a segunda etapa de votação é no dia 30 de outubro. Diferentemente de outros anos, para esta eleição, o fuso horário para a votação é um só em todo o país, o de Brasília, das 8h às 17h.
O eleitor que não votou no primeiro turno das eleições de 2022 pode e deve votar no segundo turno. Segundo o TSE, cada turno é tratado como uma eleição independente pela Justiça Eleitoral. Isso significa que uma pessoa que não votou no primeiro turno não é proibida de ir às urnas no segundo, desde que seu título eleitoral esteja regular.
O segundo turno é somente para cargos de governador e presidente, caso nenhum candidato atinja 50% mais um dos votos válidos. Para estado sem segundo turno, há votação somente para presidente.
Nas eleições de 2022, doze estados vão ter a definição em uma segunda etapa: São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Santa Catarina, e Rondônia.
Quem não pode justificar a ausência no dia do primeiro turno da eleição, tem o prazo de até 60 dias após cada turno para regularizar a situação eleitoral sem o pagamento da multa. Os canais para realizar o procedimento online são o e-Título e o Sistema Justifica. Nesse caso, além de preencher o requerimento, é necessário anexar documentos que comprovem o motivo alegado, pois a justificativa não é automática e poderá ser ou não concedida pelo juiz eleitoral.
Indecisos e migração de eleitores. Essas duas variáveis são as hipóteses apontadas por institutos de pesquisas eleitorais para explicar a diferença entre o que as sondagens indicavam e o resultado das urnas no primeiro turno das eleições 2022.
Há um ainda um terceiro elemento, menos determinante, mas também com algum grau de impacto: a falta de um Censo atualizado. A metodologia das pesquisas eleitorais leva em conta os dados oficiais para retratar, proporcionalmente, a cara do Brasil.
O último Censo demográfico foi realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010. Em 2020 havia a previsão de uma nova rodada de entrevistas para entender o perfil dos brasileiros, mas a realização da pesquisa foi suspensa por conta da pandemia de covid-19. Em 2021, cortes orçamentários suspenderam a realização, mas o Supremo Tribunal Federal obrigou o governo a fazer o Censo, cuja coleta começou neste ano.
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