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Pesquisa eleitoral 2022: distância entre Lula e Bolsonaro se mantém em 7 pontos em um segundo turno 

Pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.500 pessoas de todo o Brasil entre os dias 17 e 22 de junho

Bolsonaro e Lula: no primeiro turno a distância entre eles é de nove pontos. (Bolsonaro: Andressa Anholete / Lula: Minas/Bloomberg/Getty Images)

Bolsonaro e Lula: no primeiro turno a distância entre eles é de nove pontos. (Bolsonaro: Andressa Anholete / Lula: Minas/Bloomberg/Getty Images)

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Gilson Garrett Jr

Publicado em 23 de junho de 2022 às 16h12.

Última atualização em 23 de junho de 2022 às 16h14.

A disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) se mantém acirrada a quatro meses da eleição. Em uma simulação de segundo turno entre os dois, o petista tem 48% das intenções de voto, contra 41% do atual ocupante do Palácio do Planalto, segundo dados da pesquisa eleitoral EXAME/IDEIA divulgada nesta quinta-feira, 23.

Em relação à sondagem feita em maio, a distância entre os dois permanece a mesma - sete pontos percentuais - mas ambos ganharam dois pontos. Aqueles que não sabiam, votavam em branco ou nulo eram 14% há um mês, e agora são 10%.

Foram ouvidas 1.500 pessoas entre os dias 17 e 22 de junho. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-02845-2022. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. A EXAME/IDEIA é um projeto que une EXAME e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública. Veja o relatório completo.

Na série histórica, considerando a simulação de segundo turno, Bolsonaro tinha vantagem sobre Lula até abril do ano passado, quando o petista ultrapassou o atual presidente na preferência dos eleitores. A maior distância chegou a 17 pontos percentuais no fim do ano passado, mas desde então começou a diminuir. Na pesquisa feita em abril, a diferença entre os dois foi de 9 pontos.

(Arte/Exame)

Maurício Moura, fundador do IDEIA, avalia que o pagamento maior do Auxílio Brasil (no valor que pode chegar a 400 reais) não produziu o efeito esperado na pré-campanha do presidente Bolsonaro, de aumentar as intenções de voto.

Entre as pessoas com renda de até um salário mínimo, Lula vence Bolsonaro por 61% a 27%. O atual presidente diminui a vantagem conforme a renda aumenta, passando o petista somente em quem recebe mais de seis salários: 57% X 32%.

“Continuamos acreditando que a eleição é uma batalha de rejeições. Tanto a rejeição ao PT quanto ao presidente Bolsonaro. Nesse momento, a rejeição ao governo maior proporciona a liderança do Lula, mas quem chegar com uma rejeição menor em outubro será o vencedor”, afirma Moura.

A pesquisa simulou ainda mais quatro cenários de segundo turno. O ex-presidente venceria os confrontos com Ciro Gomes e Simone Tebet. Bolsonaro também venceria as disputas com o ex-governador do Ceará e com a senadora.

(Arte/Exame)

Primeiro turno: Lula e Bolsonaro distantes dos demais

Se o primeiro turno da eleição presidencial fosse hoje, Lula e Bolsonaro passariam para o segundo turno. De acordo com EXAME/IDEIA, o petista tem 45% das intenções de voto, e o presidente aparece com 36%. Ciro Gomes (PDT) tem 7%, e Simone Tebet (MDB), 3%. Os números são de uma pergunta estimulada, em que os nomes são apresentados em forma de lista aos entrevistados.

(Arte/Exame)

Essa é a primeira pesquisa EXAME/IDEIA desde que João Doria (PSDB) desistiu de concorrer à Presidência e os tucanos decidiram apoiar a pré-candidatura da senadora pelo Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, formando uma chapa da terceira via, que inclui ainda o Cidadania. Na sondagem feita em maio, o ex-governador de São Paulo pontuou 2%. Também houve a definição de que Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, vai disputar a reeleição.

Por conta disso, não há como comparar com precisão as duas pesquisas, mas tanto Lula quanto Bolsonaro cresceram quatro pontos percentuais neste cenário de junho, sem a presença de um pré-candidato do PSDB, uma diferença que supera a margem de erro da sondagem.

Para Maurício Moura, a distância de Lula e Bolsonaro é considerável. Em uma pergunta espontânea, quando o eleitor precisa dizer o nome em que pretende votar, sem uma lista prévia, Lula e Bolsonaro somam 65% das intenções de voto. Ciro tem 4%, e Tebet pontua 1%. Somam 19% aqueles que dizem ainda não saber.

“Continuamos vendo a terceira via bastante distante de Lula e Bolsonaro. Vemos também as intenções de voto do ex-ministro Ciro Gomes bastante estável. Lembrando que há uma diferença entre a os votos estimulado e espontâneo, ou seja, é importante ficar atento à curva de intenção de votos de Ciro Gomes porque ela pode ser a definidora da eleição acabar ou não no primeiro turno”, afirma.

(Arte/Exame)

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