Rio de Janeiro - Uma pesquisa de intenções de voto divulgada nesta quarta-feira mostrou um virtual empate entre a presidente Dilma Rousseff e a candidata Marina Silva para as eleições presidenciais de outubro.
A pesquisa da Vox Populi, divulgada pela revista "Carta Capital", é a primeira que não indica uma vitória eleitoral da ecologista Marina Silva no segundo turno, que será realizado em 26 de outubro se nenhum candidato superar 50% dos votos nas eleições de 5 de outubro.
No primeiro turno, segundo a nova pesquisa, Dilma receberia 36% dos votos, Marina 28%, Aécio Neves 15% e o resto dos candidatos somariam 2%, enquanto 7% dos indagados disseram que votariam em branco ou nulo e 13% restante não responderam.
Em um hipotético segundo turno, Marina é a preferida de 42% do eleitorado e Dilma, de 41%, por isso que ambas as candidatas estão virtualmente empatadas, já que a margem de erro da pesquisa é 2,2 pontos percentuais.
Esta é a primeira pesquisa da "Vox Populi" depois da morte em 13 de agosto em um acidente aéreo do candidato socialista Eduardo Campos, que foi substituído por Marina Silva, por isso que os resultados anteriores não podem ser comparados com outros anteriores.
Todas as enquetes divulgadas na última semana coincidiram em indicar uma vitória eleitoral de Marina, porta-bandeira do Partido Socialista Brasileiro (PSB), no segundo turno com uma margem de entre três e sete pontos percentuais com relação à atual chefe de Estado.
No entanto, essas enquetes assinalaram uma ligeira melhoria de Dilma com relação à Marina.
Para esta noite está prevista a divulgação da pesquisa semanal de Datafolha.
A pesquisa de Vox Populi foi realizada com duas mil entrevistas em 147 municípios de todo o país entre na segunda-feira e terça-feira desta semana.
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1/11 (Valter Campanato/Agência Brasil)
São Paulo – Após o (barulhento) primeiro racha depois da candidatura, a equipe de
Marina Silva para a corrida ao Planalto já está costurada. Luiza Erundina (
PSB) e Walter Feldman, recém-chegado ao grupo de confiança de Marina, serão responsáveis pela coordenação-geral da campanha. Segundo nota do PSB, o deputado federal Márcio França deve cuidar do caixa da campanha junto com o "marinista" Bazileu Margarido. Detalhe: França é candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin (
PSDB). A aliança foi criticada pelo grupo de Marina. A lista completa dos nomes que compõem a equipe de campanha de Marina Silva ainda não foi divulgada.
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2. Beto Albuquerque
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2/11 (Reprodução/Facebook/Beto Albuquerque)
Candidato à vice-presidente na chapa do PSB, foi quatro vezes deputado federal. Atualmente, é o líder do partido na Câmara. Irá representar a coligação nos estados que Marina se recusar a fazer campanha com aliados, como São Paulo e Santa Catarina. Formado em Direito, ele mantém um
bom relacionamento com representantes do agronegócio – inimigos históricos de Marina. Nas duas últimas eleições para a Câmara, boa parte do dinheiro arrecadado por Beto veio dos cofres de empresas ligadas ao setor.
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3. Luiza Erundina
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3/11 (Agência Câmara)
Com a renúncia de Carlos Siqueira, Luiza Erundina assumiu a coordenação da campanha. Aos 77 anos, ela já foi prefeita de São Paulo e deputada federal quatro vezes consecutivas.
Também já foi filiada ao PT, do qual se desvinculou em 1997 depois de brigas internas por ter assumido um ministério no governo Itamar Franco. Desde então, está no PSB – embora não seja unanimidade dentro do partido.
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4. Walter Feldman
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4/11 (Agencia Camara)
Recém-chegado ao Rede Sustentabilidade, Walter Feldman teve toda sua trajetória política ligada ao PSDB. Foi três vezes deputado federal pelo partido, coordenador de subprefeituras da cidade de São Paulo durante o período em que José Serra foi prefeito e secretário chefe da Casa Civil durante o governo de Mário Covas no estado. Ele deixou o grupo tucano no ano passado. Antes disso, ele já participava da articulação para criar o partido de Marina, do qual hoje é porta-voz. A sua nomeação como coordenador-geral adjunto da campanha do PSB teria sido o estopim para a saída de Carlos Siqueira.
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5. Maria Alice Setubal
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5/11 (EXAME/Arquivo)
Amiga íntima de Marina desde 2010, a socióloga Maria Alice Setubal é herdeira de Olavo Setubal, o fundador do banco Itaú. Ela foi a principal responsável pela
captação de recursos e apoio à fundação da Rede Sustentabilidade – cujo registro foi negado pelo TSE no ano passado.
Conhecida como Neca (apelido originário da palavra “boneca”), é presidente da Fundação Tide Setubal e fundadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC). Socióloga formada pela USP, é coordenadora do programa de governo da campanha. .
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6. Maurício Rands
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6/11 (Câmara dos Deputados/Arquivo)
É primo da viúva de Eduardo Campos e coordenador do programa do governo da campanha junto com Neca. Advogado, foi eleito deputado federal duas vezes consecutivas pelo PT. Em 2012, ele se desfiliou do partido e renunciou ao cargo para não ser acusado de infidelidade partidária. Depois de se filiar ao PSB, o nome dele chegou a ser cotado para suceder Campos no governo de Pernambuco. Em entrevista ao
Rádio Jornal Pernambuco, ele afirmou ontem que continua na equipe até o final da campanha.
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7. Eduardo Giannetti da Fonseca
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7/11 (Divulgação)
Guru econômico de Marina desde 2010, Eduardo Giannetti é defensor da autonomia do Banco Central e do restabelecimento do tripé macroeconômico que pautou as políticas do governo de Fernando Henrique Cardoso e o primeiro mandato de Lula. Giannetti é formado em Economia e Ciências Sociais pela USP.
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8. André Lara Resende
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8/11 (Paulo Jares)
André Lara Resende é um dos nomes por trás da elaboração do Plano Real. Economista pela PUC-Rio, combina a teoria econômica com meio ambiente e psicanálise. O produto deste pensamento o aproximou de Marina Silva. Ele foi citado por Neca em entrevista ao jornal
Folha de São Paulo como o parceiro de Giannetti na elaboração das propostas econômicas da chapa. A assessoria de imprensa da campanha, contudo, não confirma se ele integrará a equipe oficialmente.
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9. Márcio França
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9/11 (Divulgação/Assessoria de Imprensa)
Candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB), Márcio França assume a coordenação financeira da campanha, segundo nota do
PSB. Foi prefeito de São Vicente (SP) e duas vezes deputado federal. É o líder do PSB em São Paulo. O partido de Marina é contrário à aliança com os tucanos. Em entrevista ao jornal
Estado de São Paulo no ano passado, ele afirmou que “não dá para a Rede chegar e apertar o delete em tudo”. Marina não irá fazer campanha em São Paulo.
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10. Bazileu Margarido
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10/11 (Reprodução/YouTube)
Bazileu Margarido foi chefe do gabinete de Marina no Ministério do Meio Ambiente e um dos principais articuladores da criação da Rede. Dividirá as responsabilidades no comitê financeiro da campanha com França.
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11. Agora, veja uma seleção de frases de Marina Silva
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11/11 (Lailson dos Santos/Veja)