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Pesquisa ainda não reflete a condenação de Lula, afirma Doria

Prefeito de São Paulo fez comentários após a pesquisa do Datafolha mostrar Lula liderando os cinco cenários em que é incluído

Doria: "a pesquisa foi feita muito em cima do fato, acredito que ainda não deu tempo para ela ter sido absorvida por uma parcela maior da população" (Wilson Dias/Agência Brasil)

Doria: "a pesquisa foi feita muito em cima do fato, acredito que ainda não deu tempo para ela ter sido absorvida por uma parcela maior da população" (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de janeiro de 2018 às 10h52.

São Paulo - A pesquisa Datafolha divulgada na madrugada desta quarta-feira, 31, foi feita muito próxima da condenação em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, portanto, não reflete perfeitamente o impacto político do julgamento, avaliou nesta quarta-feira, 31, o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB).

"A pesquisa foi feita muito em cima do fato, acredito que ainda não deu tempo para ela ter sido absorvida por uma parcela maior da população", declarou o tucano na chegada à sede da Secovi-SP, onde participou da cerimônia de recondução do presidente da entidade, Flávio Amary.

No primeiro levantamento feito após o resultado da semana passada no Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), o Datafolha mostrou Lula liderando os cinco cenários em que é incluído, apresentando novamente de 34% a 37% da preferência do eleitorado.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) ficou em segundo, com 15% a 18% das intenções de voto - no mês passado, o parlamentar tinha entre 17% e 18%.

Doria ainda minimizou o fato de os nomes do PSDB ainda não terem deslanchado na pesquisa - foram avaliados cenários utilizando seu nome e o do governador Geraldo Alckmin. "Quero lembrar que em janeiro de 2016 a pesquisa Datafolha me dava 2% e ganhei a eleição (municipal) com 53%" disse.

Alckmin oscilou entre 6% e 11% de intenção de voto na pesquisa divulgada na madrugada desta quarta. Já Doria teve entre 4% e 5%. Nomes mais associados ao governo Michel Temer (MDB), como Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e o próprio presidente não passam dos 2%. Já o apresentador de TV Luciano Huck chegou a 8%.

O prefeito disse acreditar que depois do carnaval ou mais próximo de abril, Alckmin, hoje tido como o mais provável candidato tucano ao Planalto, terá um desempenho melhor nas sondagens. "A partir de março, a eleição vai estar mais bem delineada", resumiu.

Indagado sobre sua eventual candidatura ao governo do Estado de São Paulo nessas eleições, o prefeito da capital frisou: "Estou focado na Prefeitura."

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