Jango: não foram identificadas substâncias tóxicas ou medicamentosas que possam ter causado sua morte (Dick DeMarsico/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 13h01.
Brasília - Peritos que analisaram os restos mortais do ex-presidente João Goulart afirmaram na nesta segunda-feira, 1º, que as análises não permitem saber se a morte foi por causa natural ou se ele realmente foi assassinado por envenenamento planejado pelas ditaduras latino-americanas.
O perito médico da Polícia Federal Jeferson Evangelista Corrêa afirmou que não foram identificadas substâncias tóxicas ou medicamentosas que possam ter causado sua morte.
Apesar disso, disse, não está descartada a possibilidade de envenenamento, porque o corpo passou por muitas mudanças químicas desde a morte, na década de 1970, o que influencia no resultado da perícia.
O perito cubano Jorge Perez, designado pela família de Jango para acompanhar os trabalhos, disse que não é possível comprovar que a morte de Jango tenha decorrido de um enfarte, como está registrado nos documentos oficiais.
Também não é possível, segundo ele, dizer se foi uma morte natural. "As duas possibilidades se mantêm. É conveniente a continuidade dos estudos", declarou Perez.