Vacina para febre amarela (Douglas Engle/Bloomberg)
Valéria Bretas
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 17h36.
Última atualização em 9 de janeiro de 2018 às 17h40.
São Paulo – Com mais uma morte confirmada neste domingo (7), a febre amarela já fez ao menos 13 vítimas no estado de São Paulo desde 2017. Dessas mortes, três ocorreram só neste início de ano.
Em reposta, o Ministério da Saúde anunciou que 75 municípios receberão uma campanha de vacinação contra a doença. As campanhas serão realizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. O objetivo, segundo o jornal, é vacinar 19,7 milhões de pessoas, das quais 15 milhões serão feitas com dose fracionada (que tem quantidade inferior da vacina integral e, por esse motivo, tem um tempo de proteção de 8 anos).
Veja as principais perguntas e respostas sobre o novo ciclo do vírus:
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas iniciais da febre amarela aparecem de 3 a 6 dias após a pessoa ter sido infectada e incluem febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza.
Em casos graves, de acordo com a pasta, a pessoa pode desenvolver febre alta, hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos. Nesses casos, cerca de 20% a 50% das pessoas infectadas têm risco de morte.
A transmissão da febre amarela é causada pela picada de mosquitos transmissores infectados. Ou seja, a doença não é passada de pessoa para pessoa.
Existem dois ciclos diferentes de transmissão: o silvestre (quando há contágio em área rural ou de floresta e os macacos são os principais hospedeiros) e urbano (quando as pessoas são as hospedeiras do vírus).
Veja como funciona o ciclo de transmissão:
Além da vacina como forma de prevenção contra a febre amarela, o Ministério da Saúde informa que “o tratamento é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado”.
A vacina pode ser dada para crianças a partir de 9 meses e idosos com até 60 anos. Pessoas acima de 60 anos devem passar por avaliação médica.
A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda apenas uma dose da vacina para a vida toda. Ou seja, quem já foi vacinado tem imunidade garantida.