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Pepe Vargas não vê necessidade de outra CPI da Petrobras

Ministro das Relações Institucionais argumenta que a Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria-Geral da União são mais eficientes contra a corrupção


	Pepe Vargas: ele argumenta que a Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria-Geral da União são mais eficientes contra a corrupção
 (Elza Fiuza/ABr)

Pepe Vargas: ele argumenta que a Polícia Federal, Ministério Público e Controladoria-Geral da União são mais eficientes contra a corrupção (Elza Fiuza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2015 às 18h39.

Brasília - O novo ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse nesta sexta-feira que não vê necessidade de uma nova CPI para investigar a Petrobras, argumentando que o trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público e da Controladoria-Geral da União é mais eficiente para combater a corrupção.

A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura um suposto esquema de corrupção e desvio de dinheiro de contratos da estatal com empreiteiras, que atuariam como cartel, e abasteceria o caixa de partidos políticos.   

No ano passado, a estatal foi alvo de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso, criadas com o apoio de parlamentares da base aliada do governo.

Um dos candidatos à presidência da Câmara, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), tem dito que não impedirá a criação de uma nova CPI para investigar a estatal. O PMDB é o maior partido aliado do Executivo no Congresso.

A oposição promete articular a criação de uma nova CPI.

Pepe Vargas afirmou que o governo não teme investigações do suposto esquema de corrupção, mas considera que uma investigação parlamentar não conseguirá avançar ao que já foi apurado pela PF.

“Eu sou daqueles que acham que as CPIs não têm mais o mesmo papel que tiveram no passado”, disse o petista a jornalistas após tomar posse, lembrando do tempo em que os depoimentos nas comissões geravam provas para as investigações policiais e do Ministério Público. Hoje, segundo ele, os depoentes podem ir à CPI e não dizer nada.   

“Eu acho que às vezes as CPIs estão deixando a desejar nesse sentido. Não estou dizendo uma novidade. Se nós não tivéssemos tido CPI (da Petrobras) e ficássemos só com o trabalho da Polícia Federal e o trabalho do Ministério Público Federal, nós teríamos o mesmo resultado”, argumentou.   

"Então, às vezes a CPI é mais um instrumento de embate político do que eficiência na investigação”, acrescentou Vargas.

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