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Pela 1ª vez desde abril, Brasil tem desaceleração no contágio da covid-19

Taxa de contágio no país foi de 0,98, número que indica quantas pessoas são infectadas, em média, por cada paciente do novo coronavírus

 (Ricardo Moraes/Reuters)

(Ricardo Moraes/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de agosto de 2020 às 16h06.

Última atualização em 19 de agosto de 2020 às 16h44.

Pela primeira vez desde abril, o ritmo de transmissão da covid-19 está em desaceleração no Brasil. De acordo com dados do centro de controle de epidemias do Imperial College, a taxa de contágio (Rt) no País foi de 0,98, número que indica quantas pessoas são infectadas, em média, por cada paciente do novo coronavírus. Os dados foram verificados na semana que começou no domingo, 16.

Isso significa que 100 pessoas contaminadas contagiam outras 98 que, por sua vez, passam a doença para outras 96. Essas contaminam 94 e assim sucessivamente, o que comprova a desaceleração do contágio.

Em julho, o País apresentou taxas de 1,01, situação definida como "fora de controle". O Brasil deixou a zona vermelha pela primeira vez depois de 16 semanas consecutivas de taxa de transmissão acima de 1.

A nova configuração não significa controle estabilizado da transmissão. Nos últimos sete dias, a média móvel de novos óbitos foi de 989 a cada 24 horas pelo novo coronavírus.

O País registrou na terça-feira, 18, 1.365 mortes e 48.637 novas infecções de coronavírus, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha de S.Paulo e UOL com as secretarias estaduais de Saúde. No total, 110.019 vidas já foram perdidas por causa da covid-19.

Os casos podem voltar a subir se as medidas de prevenção não sejam tomadas. Países como Espanha, Rússia e França haviam conseguido reduzir os índices, mas registraram nova fase de aceleração.

Na América do Sul, o mesmo aconteceu com Bolívia e Equador. Na região, o Chile é o único outro país da América Latina com taxa de contágio abaixo de 1 (0,85).

Esta também é a primeira vez nos últimos quatro meses em que o Brasil deixou a liderança no número de mortes semanais. Agora, o primeiro lugar está com a Índia, com 7,2 mil mortes por semana. No País, a expectativa é de 6,9 mil óbitos. Os EUA adotam uma metodologia diferente de cálculo por semana e não fazem parte do levantamento.

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