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Pela 1ª vez, Butantan vai exportar vacina da gripe a países asiáticos

O pedido foi feito pela Organização Mundial da Saúde que vai levar 550 mil doses para a Mongólia e a Malásia

 (Karoly Arvai/Reuters)

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Clara Cerioni

Publicado em 28 de agosto de 2020 às 14h13.

Última atualização em 28 de agosto de 2020 às 14h21.

O Instituto Butantan vai exportar, pela primeira vez na sua história, a vacina da gripe a países asiáticos. Serão 550.000 doses, sendo 300.000 distribuídas para a Mongólia e 250.000 para a Malásia. De acordo com o diretor do Butantan, Dimas Covas, o pedido de envio foi feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Este pedido consolida a instituição como uma das mais importantes e referência na produção de imunizantes e soros ao redor do mundo", disse ele em entrevista coletivas nesta sexta-feira, 28.

Fundado há 119 anos, o Instituto Butantan tem a maior fábrica de vacina contra a gripe do Hemisfério Sul. Em 2020 já produziu e distribuiu um total de 80 milhões de doses ao Ministério da Saúde, um recorde.

Vacina contra a covid-19

O estado de São Paulo, por meio do Instituto Butantan, desenvolve a vacina chinesa contra a covid-19 que está na fase 3 de testes para comprovar a eficácia. Ao lado da vacina desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca, é uma das mais promissoras e avançadas do mundo.

A fase de testes no Brasil começou no fim de julho. Ao todo, 9.000 profissionais de saúde voluntários participam do estudo em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal.

O governo estadual pretende ampliar a produção da vacina para 120 milhões de doses. Para isso, está indo atrás de doações da inciativa privada e de recursos do governo federal.

Na quarta-feira, 26, Dimas Covas se reuniu com Eduardo Pazuello, ministro interino da Saúde. A expectativa do estado é conseguir um valor superior a 1 bilhão de reais, dinheiro similar ao destinado à Fiocruz para fabricar a vacina contra a covid-19 do laboratório AstraZeneca.

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