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Peixe brilhante: megaoperação do Ibama mira comércio de animais modificados com genes de água-viva

Importação e o comércio destes animais transgênicos não são permitidas no Brasil

Peixe brilhante: Comércio de peixes modificados para brilhar sob luz ultravioleta é alvo de operação do Ibama  (Ibama/Divulgação)

Peixe brilhante: Comércio de peixes modificados para brilhar sob luz ultravioleta é alvo de operação do Ibama (Ibama/Divulgação)

Agência o Globo
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Publicado em 21 de março de 2025 às 18h20.

Última atualização em 21 de março de 2025 às 18h53.

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O Ibama deflagrou uma megaoperação para combater o comércio ilegal de peixes ornamentais geneticamente modificados. A ação resultou em 36 autos de infração, totalizando R$ 2,38 milhões em multas, e na apreensão de 58,4 mil exemplares de animais.

A operação aconteceu em sete estados e no Distrito Federal nas duas primeiras semanas do mês. Os animais das espécies paulistinha, tetra-negro e beta foram modificados com a inserção de genes de anêmonas e de águas-vivas. Como resultado, eles passaram a brilhar quando submetidos à luz ultravioleta.

O município mineiro de Muriaé foi um dos principais alvos da ação do Ibama. Em 2022, foram encontrados peixes transgênicos nos rios da região. A Operação Quimerea Ornamentais aconteceu no Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.

Segundo o Ibama, a importação e o comércio destes animais transgênicos não são permitidas no Brasil. O motivo é eles não terem passado por uma avaliação de risco e não terem liberação comercial.

“Somente após uma extensa avaliação dos riscos desses OGMs para o meio ambiente, saúde humana e animal, é que a CTNBio poderá emitir parecer técnico sobre a sua liberação ou não”, explica Isaque Medeiros, Chefe do Núcleo de Fiscalização da Biodiversidade do Ibama.

Os principais riscos relativos a esses peixes estão relacionados à possibilidade de sua liberação na natureza. "Por serem geneticamente modificadas, há ainda o fato de não se saber o dano ambiental que isso pode causar, haja vista que esses organismos não passaram por análise", explica o Ibama.

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