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Pedro Corrêa vai passar a República a limpo, diz advogado

O advogado que representa o ex-deputado, preso sob suspeita de ligação com esquema de propina, disse que aconselhou seu cliente a fazer a delação premiada


	O deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE): o ex-deputado recebeu valores ilícitos do doleiro Alberto Youssef, segundo decreto de prisão
 (Lindomar Cruz/ABr)

O deputado federal Pedro Corrêa (PP-PE): o ex-deputado recebeu valores ilícitos do doleiro Alberto Youssef, segundo decreto de prisão (Lindomar Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2015 às 22h48.

Curitiba e São Paulo - O advogado Clóvis Corrêa Filho, que representa o ex-deputado Pedro Côrrea (PP-PE), disse que o aconselhou a fazer delação premiada.

Corrêa foi preso nesta sexta feira, 10, sob suspeita de ligação com esquema de propinas na Petrobras.

Segundo o decreto de prisão, subscrito pelo juiz federal Sérgio Moro, o ex-deputado recebeu valores ilícitos do doleiro Alberto Youssef, peça central da Operação Lava Jato, mesmo quando estava sob julgamento no Supremo Tribunal Federal no processo do Mensalão.

Condenado no mensalão, Pedro Corrêa cumpre pena na penitenciária de Canhotinho, a 210 quilômetros de Recife (PE). Ele será transferido do local para a capital pernambucana no sábado, 11, de helicóptero, e depois irá para Curitiba, base das investigações da Lava Jato.

O advogado Corrêa Filho disse que esteve com o ex-parlamentar, de quem é primo, na terça-feira, 7, na penitenciária e sugeriu que ele fizesse a delação. No início de março, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a abertura de investigação contra Pedro Corrêa, após pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

"A minha sugestão é que ele faça delação premiada. Ele tem 67 anos de idade, é diabético, tem pressão alta. O caminho que ele tem é o de colaborar com a Justiça", afirmou o advogado, que é desembargador aposentado do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região e professor de Direito.

Clóvis Corrêa Filho disse que deve acompanhar o ex-parlamentar a Curitiba. Questionado se o ex-deputado teria como contribuir com as investigações, o advogado disse. "Demais, demais, demais, vai passar a República a limpo, se ele contar tudinho."

Para Sérgio Moro, "a prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública". O juiz destaca que Pedro Corrêa, atualmente cumprindo pena em regime semiaberto pela condenação no processo do mensalão "é recorrente em escândalos políticos criminais e traiu seu mandato parlamentar e a confiança que a sociedade brasileira nele depositou.".

"O Moro tem sido muito cuidadoso, diligente, nós temos que ajuda-lo nessa tarefa, passar isso a limpo", disse Clóvis Corrêa Filho. "Quem não erra? Quem nunca errou que atire a primeira pedra. A forma de se corrigir será a delação premiada."

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