O ex-jogador e deputado Romário é o autor do requerimento e recolheu 50 assinaturas para a instalação da comissão (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 28 de maio de 2015 às 20h35.
Brasília - O requerimento de criação de uma CPI no Senado para investigar crimes de corrupção envolvendo a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi lido em plenário nesta quinta-feira.
O ato significa que a comissão foi admitida e agora os líderes partidários devem indicar os senadores que integrarão o colegiado.
O senador Romário (PSB-RJ) é o autor do requerimento e recolheu 50 assinaturas para a instalação da comissão em menos de uma hora.
São 23 a mais que o mínimo exigido. Nesta tarde, ele voltou a criticar dirigentes da Fifa e da CBF em seu discurso.
O ex-jogador afirmou que a prisão de dirigentes da Fifa na Suíça, na quarta-feira, foi um alento e disse esperar que outros dirigentes sejam presos.
"Espero que ele (Joseph Blatter, presidente da Fifa) seja preso antes de assumir um novo mandato", afirmou Romário, mencionando a eleição que deve reconduzir Blatter ao cargo nesta sexta-feira.
Romário disse que a corrupção também é regra no esporte no País. "O nome do Brasil está hoje ligado a tudo que há de pior em termos de corrupção esportiva."
O senador disse esperar "uma verdadeira devassa" na CBF, que apelidou de "casa bandida do futebol". Romário criticou o ex-presidente da CBF José Maria Marin, preso quarta na Suíça a pedido da Justiça norte-americana, e estendeu as críticas ao atual dirigente, Marco Polo Del Nero, que assumiu a CBF neste ano.
"Assim como o Marin, comprovadamente um ladrão, ainda temos que tirar outro câncer do futebol, o atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero", disse Romário da tribuna.