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Pedido de doação é missão de tesoureiros, diz Vaccari

A defesa do tesoureiro nacional do PT disse que "dentre suas funções, tem ele por obrigação contatar pessoas físicas e jurídicas solicitando doações"


	O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto: o doleiro Alberto Youssef cita Vaccari como suposto beneficiário de propinas
 (Roosewelt Pinheiro/ABr)

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto: o doleiro Alberto Youssef cita Vaccari como suposto beneficiário de propinas (Roosewelt Pinheiro/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 20h14.

São Paulo e Curitiba - O tesoureiro nacional do PT, João Vaccari Neto, afirmou nesta sexta-feira, 13, por meio de seu advogado, que "nunca recebeu qualquer quantia, valor ou bens, a qualquer título, sob qualquer pretexto, em lugar algum, a qualquer tempo" do delator da Operação Lava Jato Alberto Youssef, doleiro.

Em nota pública, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, constituído para a defesa de Vaccari, assinala que o tesoureiro do PT "refuta e repudia veementemente todas as afirmações sobre sua pessoa, contidas nos depoimentos prestados pelo sr. Alberto Youssef, sob a rubrica de delação premiada".

Na nota, D’Urso ressalta que Vaccari assumiu o cargo de Secretário Nacional de Finanças do Partido dos Trabalhadores em 2010 e que "dentre suas funções, tem ele por obrigação contatar pessoas físicas e jurídicas solicitando doações oficiais para o seu partido, tudo dentro da lei, aliás missão desempenhada por todos os tesoureiros de partidos políticos no Brasil".

Na quinta feira, 12, o juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Lava Jato, incluiu nos autos do processo todos os depoimentos de Youssef e de outro delator, Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras - não foram anexados apenas os relatos que citam políticos com foro privilegiado porque a competência, neste caso, é do Supremo Tribunal Federal (STF).

São 62 depoimentos, 27 deles de Youssef. O juiz Moro assinalou que o Judiciário não se presta a ser "guardião de segredos sombrios".

O doleiro cita Vaccari como suposto beneficiário de propinas.

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