O presidente do BNDES, Luciano Coutinho: R$ 2,4 bilhões foram emprestados a nove empresas investigadas na Lava Jato e outros repasses foram feitos ao empresário Eike Batista e à Friboi (Elza Fiúza/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2015 às 16h04.
Brasília - Partidos de oposição informaram nesta quinta-feira, 16, que recolheram o número suficiente de assinaturas e já protocolaram o pedido de criação da CPI do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Câmara. O requerimento foi protocolado enquanto o presidente do BNDES, Luciano Coutinho era ouvido em sessão da CPI da Petrobras.
Os parlamentares querem investigar supostas irregularidades envolvendo o empréstimos suspeitos feitos entre 2003 e 2015. Foram 199 assinaturas, que ainda precisam ser conferidas.
São alvo do requerimento protocolado no início desta tarde financiamentos internacionais secretos a países como Cuba e Angola; R$ 2,4 bilhões emprestados a nove empresas investigadas na Operação Lava Jato; e outros repasses feitos ao empresário Eike Batista e à Friboi.
"Há fortes indícios de que as operações suspeitas tenham tido por finalidade captar dinheiro público, travestido pelo BNDES em falsos empréstimos, para financiar campanhas de políticos e de partidos", diz a justificativa do requerimento assinado por 25 deputados de 25 partidos. PT e PCdoB não assinaram o requerimento.
A Câmara pode ter até cinco CPIs funcionando ao mesmo tempo. Já há quatro - da Petrobras, da violência contra jovens negros e pobres, do sistema carcerário e da máfia de órteses e próteses. A quinta vaga está em aberto.
Além do requerimento apresentado nesta quinta-feira, há outros 11 pedidos. Cabe ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), escolher uma.
Além da do BNDES, há outra CPI polêmica para o governo, a do setor elétrico.