Brasil

PDT prepara ação para anular eleições após denúncia contra Bolsonaro

A equipe jurídica do partido ainda estuda a forma e o conteúdo da peça a ser apresentada ao TSE

CIRO GOMES: "estamos preparando uma ação. Ainda não está pronta, o jurídico está examinando o termo exato", disse o presidente do partido (Ricardo Moraes)

CIRO GOMES: "estamos preparando uma ação. Ainda não está pronta, o jurídico está examinando o termo exato", disse o presidente do partido (Ricardo Moraes)

R

Reuters

Publicado em 18 de outubro de 2018 às 13h31.

Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 14h31.

Brasília - O PDT prepara uma ação para pedir à Justiça Eleitoral a nulidade das eleições deste ano após as denúncias de práticas ilícitas no uso de redes sociais por parte da campanha do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira o presidente nacional do partido, Carlos Lupi.

Segundo Lupi, cujo partido teve o candidato Ciro Gomes em terceiro lugar no primeiro turno da disputa pelo Palácio do Planalto, a equipe jurídica do PDT ainda estuda a forma e o conteúdo da peça a ser apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Estamos preparando uma ação. Ainda não está pronta, o jurídico está examinando o termo exato e por isso ainda não soltei", disse o presidente do partido à Reuters.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira apontou práticas ilícitas no uso de redes sociais por parte da campanha do candidato do PSL à Presidência. O jornal afirma que empresários têm bancado a compra de distribuição de mensagens contra o PT e a favor de Bolsonaro por WhatsApp, em uma prática que se chama pacote de disparos em massa de mensagens, e estariam preparando uma operação para a próxima semana, antes do segundo turno.

Adversário de Bolsonaro no segundo turno da disputa pelo Palácio do Planalto, o candidato do PT, Fernando Haddad, acusou Bolsonaro de criar uma "verdadeira organização criminosa com empresários que, mediante caixa dois, dinheiro sujo, estão patrocinando mensagens mentirosas no WhatsApp".

O PT entrou com um pedido para que a Polícia Federal investigue a utilização deliberada de notícias sabidamente falsas (as "fake news"), doação não declarada de verbas do exterior, propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a utilização indevida do WhatsApp.

A campanha de Bolsonaro não se manifestou de imediato sobre as denúncias, mas um dos filhos do presidenciável disse em mensagem no Twitter que o jornal e o PT contam meias-verdades ou mentiras descontextualizadas. "Vão perder a boquinha que o partido mais corrupto do Brasil bancou ao longo de seu tempo no poder!", escreveu o vereador Carlos Bolsonaro.

Bolsonaro lidera as intenções de votos para o segundo turno da disputa presidencial com 59 por cento dos votos válidos, de acordo com a mais recente pesquisa Ibope, enquanto Haddad aparece com 41 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2018Fake newsJair BolsonaroPDTTSE

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência