Maia: ele é o favorito na disputa e, com o PDT, enfraquecerá o campo de oposição a Bolsonaro (Ueslei Marcelino/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 16h28.
presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a maioria do partido decidiu indicar hoje apoio à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), apoiado pelo PSL, do presidente da República, Jair Bolsonaro, e pela maioria dos partidos do Centrão.
Maia é o favorito na disputa e, com o PDT, enfraquecerá o campo de oposição a Bolsonaro.
"O partido fez um indicativo de apoio ao nome dele, mas priorizando ainda a conversa com o bloco com PSB e PCdoB", disse Lupi ao Estado. Segundo ele, a aliança com Maia é "amplamente majoritária" na bancada do pedetista na Câmara.
Lupi pondera, no entanto, que ainda busca um acordo com o PSB e o PCdoB, que agora inclui o PPL. Dirigentes dos partidos devem se reunir na terça-feira para tomar uma posição. Lupi diz que, até lá, o apoio a Maia ainda não está garantido.
Ele diz avaliar se o PDT pode se isolar dos outros partidos para apoiar o atual presidente da Câmara. "Eu senti muita dificuldade do PSB, mas tenho que apoiar o decorrer desse processo", afirmou.
O deputado eleito Fábio Henrique (PDT-SE) elogiou Rodrigo Maia e afirmou que defendeu a aliança de seu partido com ele. "Em reunião hoje no Rio de Janeiro, a bancada do PDT, pela sua absoluta maioria, decide aprovar um indicativo de apoio a Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. Fico feliz porque foi essa posição que eu defendi. Maia tem sido um grande presidente do poder Legislativo federal", escreveu em nota pública no Twitter.
Em reunião hoje 12/01 no Rio de Janeiro, a bancada do PDT, pela sua absoluta maioria, decide aprovar um indicativo de apoio a Rodrigo Maia para a presidência da Câmara. Fico feliz pg foi essa posição que Eu defendi. Maia tem sido um grande presidente do Poder legislativo federal
— Fábio Henrique (@fabiohenriquese) January 12, 2019
Os líderes de PDT, PSB e PCdoB haviam anunciado a formação de um bloco de oposição a Bolsonaro na Câmara, que poderia ser o maior da próxima legislatura com 70 integrantes - o PT, fora do grupo, possui 56.
O bloco ainda busca a adesão de outras legendas. O PSL de Bolsonaro tem 52 deputados eleitos.