Brizola Neto defendia que a interlocução com o governo para definir um novo nome para a pasta não poderia ser executada por Lupi (Renato Araujo/ABr)
Da Redação
Publicado em 23 de setembro de 2013 às 13h55.
Brasília - Anunciado como o novo ministro do Trabalho nesta segunda-feira, o deputado Brizola Neto (PDT-RJ) afirmou que o partido mantém o apoio ao governo apesar da escolha de seu nome ter gerado um descontentamento em alas do PDT.
"O partido sempre disse que ia apoiar a escolha da presidente. O apoio do partido independe dos cargos, e, como independe dos cargos, também independe do nome para o Ministério", disse o novo ministro à Reuters, por telefone, no início da noite.
O Planalto confirmou nesta segunda o convite da presidente Dilma Rousseff ao deputado apesar da discordância do presidente do PDT e ex-ministro da área, Carlos Lupi, que deixou a pasta em dezembro após denúncias de irregularidades.
Brizola Neto, que conta com o apoio da Força Sindical, foi um dos pedetistas que, à época, defendiam que a interlocução com o governo para definir um novo nome para a pasta não poderia ser executada por Lupi.
Para Brizola Neto, as divergências são "naturais do processo de escolha" e devem ser resolvidas "ao longo do tempo".
Antes de se reunir com Brizola Neto nesta segunda, a presidente Dilma conversou com Lupi. "O governo teve esse cuidado de ouvir o presidente nacional do partido (Lupi)", afirmou o deputado.
O novo ministro, que vai tomar posse na quinta-feira, disse ainda que concentrará seu trabalho na pasta para que haja aumento da produção no país sem que os trabalhadores percam seus direitos.