(Josemar Gonçalves/Reuters)
Talita Abrantes
Publicado em 21 de janeiro de 2017 às 12h45.
Última atualização em 21 de janeiro de 2017 às 15h56.
São Paulo - Em vídeo publicado pelo portal UOL, supostos integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ameaçam levar às ruas o conflito que já matou mais de 120 detentos em presídios das regiões Norte e Nordeste do país.
"Tire todos os Sindicato [sic] da unidade de Alcaçuz, ou essa guerra vai se estender na rua e em outros demais Estados do Brasil contra os órgãos públicos, policiais de todas as categorias", afirma comunicado da facção lido por um integrante em vídeo obtido pelo jornalista Carlos Madeiro, para o portal UOL.
O grupo se refere à facção Sindicato do Crime, com quem o PCC disputa o controle na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal (RN), desde o último sábado (14). Ao menos 26 detentos morreram em confrontos.
A situação é crítica no presídio, que foi palco para uma batalha campal entre os presos em diversas ocasiões ao longo da semana. Neste sábado, a série de rebeliões na unidade completa seu oitavo dia - e a situação parece longe de ser resolvida.
Por volta das 10h50 deste sábado, a Polícia Militar entrou em Alcaçuz para erguer um muro de contêineres com o objetivo de separar as duas facções, de acordo com informações do portal G1.
No vídeo, o grupo que se assume como parte do PCC afirma que existem vários documentos nas mãos dos secretários de segurança e do sistema prisional pedindo a separação das duas facções. Já era para estarmos separados desde o último confronto ocorrido em Caicó", afirma o integrante.
Desde o início dos confrontos, mais de 200 presos foram transferidos para outras unidades do estado.
"Estaremos preparados no sistema e na rua. Se mexerem como nossos familiares, responderemos à altura. Somos o crime organizado no Brasil, e os governantes sabem disso", diz o homem que lê a mensagem no vídeo.