Pazuello (Erasmo Salomão/MS/Reuters Business)
Estadão Conteúdo
Publicado em 19 de junho de 2020 às 21h00.
Última atualização em 19 de junho de 2020 às 23h17.
O ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, quer aumentar o controle sobre a gestão de hospitais federais, convênios e execuções de programas do governo federal no Rio de Janeiro. A ideia é redesenhar as funções da superintendência do ministério no estado para que este órgão tenha maior poder, especialmente, sobre as unidades de atendimento.
Há seis hospitais federais no Rio: Hospital Federal do Andaraí (HFA); Hospital Federal de Bonsucesso (HFB); Hospital Federal Cardoso Fontes (HFCF); Hospital Federal de Ipanema (HFI); Hospital Federal da Lagoa (HFL) e Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE). A gestão destas unidades, hoje, é feita pela Secretaria de Atenção Especializada, com sede em Brasília. A ideia é que o superintendente do ministério no Rio passe a controlar estes hospitais.
Cada hospital tem diretor próprio. Por enquanto, o ministro não deve alterar o comando das unidades. Mas uma intervenção não está descartada, segundo interlocutores de Pazuello.
A eficiência de hospitais federais do Rio parou na Justiça durante a pandemia. Em maio, a União conseguiu suspender os efeitos de uma decisão da Justiça e evitar a substituição da direção do Hospital Federal de Bonsucesso por omissão no enfrentamento da covid-19.
O general tem agendas no Rio nesta sexta-feira, 19, e no sábado, 20. "Nesses dois dias, serão discutidas as ações necessárias para melhorar a efetividade e atendimento das estruturas federais de saúde no estado", informou a Saúde.
Segundo o ministério, a ideia é mudar atribuições da superintendência para "dar mais resolutividade na relação com o estado e município, e adequação e produção dos hospitais e institutos federais."