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Pazuello prevê início de vacinação contra covid-19 no fim de janeiro

De acordo com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o governo tem acordos com "quatro ou cinco laboratórios"

Eduardo Pazuello (Aurélio Pereira/Divulgação)

Eduardo Pazuello (Aurélio Pereira/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 11h25.

Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 11h29.

O início da vacinação contra Covid-19 no Brasil poderá acontecer até o fim de janeiro, caso ocorra autorização da Anvisa para uso emergencial de vacinas, mas a imunização em massa só deve começar a partir de fevereiro, com os registros definitivos dos imunizantes, afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em entrevista à TV Brasil.

"A previsão é que agora mais para o final de janeiro já tenhamos alguma disponibilização de vacina, algumas em caráter emergencial ainda. Mas a vacinação com quantidade e com registros necessários para a vacinação em massa, a partir de fevereiro", disse o ministro.

Inicialmente, o governo federal havia previsto iniciar a imunização contra Covid-19 apenas em março, mas essa data já havia sido alterada por Pazuello anteriormente para fevereiro diante das cobranças pelo início da vacinação em outros países.

Segundo Pazuello, o ministério tem acordos com "quatro ou cinco laboratórios" que estão atualizando o governo sobre seus cronogramas para que se possa fazer um planejamento a partir da promessa de envio de doses de vacina.

O governo brasileiro tem um contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz e a parceria AstraZeneca/Oxford e memorandos de entendimento com o Instituto Butantan, que vai produzir a vacina CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac, e com a empresa Pfizer, além de um contrato de compra de 42,5 milhões de doses através do consórcio Covax Facilities, organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Até o momento, nenhuma vacina recebeu aprovação da Anvisa para ser utilizada no país.

Em audiência pública na terça-feira, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, informou que o governo trabalha com a previsão, até agora, de receber no primeiro semestre do ano que vem 104 milhões de doses da AstraZeneca, 8,5 milhões de doses da Pfizer e 46 milhões de doses da CoronaVac, em um total de 158 milhões de doses de vacina.

Ainda está previsto o recebimento de um número ainda indeterminado de vacinas pela Covax Facilities e, segundo Medeiros, já há negociações com o Butantan para que se chegue a 100 milhões de doses da CoronaVac.

Na entrevista para a TV Brasil, Pazuello disse ainda que haverá um "Dia D" no país para a vacinação contra a Covid-19, em que a imunização começará ao mesmo tempo em todos os Estados.

"Haverá sim um dia D, o dia de início da vacinação que ocorrerá simultaneamente em todos os estados, de forma igualitária e grátis", disse o ministro.

Pazuello calcula ainda que será possível chegar à vacinação da população em geral quatro meses depois do início da campanha.

"São quatro grandes grupos prioritários. Após esses grupos prioritários, que a gente visualiza 30 dias para cada grupo, a gente começa a vacinar a população dentro das faixas etárias", disse o ministro.

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