Dilma Rousseff: o governo se apega à crença de que as lideranças partidárias no Congresso têm consciência da importância da aprovação das medidas, diante da crise econômica interna e internacional (Handout / Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2015 às 13h29.
Brasília - O ministro da Secretaria da Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, afirmou nesta segunda-feira, 9, que a "prioridade" da reunião de coordenação política comandada pela presidente Dilma Rousseff pela manhã foi a pauta desta semana do Congresso Nacional.
Segundo ele, a presidente defendeu mais uma vez a necessidade de aprovar as medidas do ajuste fiscal que tramitam na Câmara e no Senado.
Mesmo com as divergências sobre algumas matérias, ele afirmou que o governo considera "grandes" as chances de aprová-las e usará o "diálogo" para alcançar esse objetivo.
"A presidente Dilma mais uma vez afirmou a necessidade de estarmos aprovando as medidas necessárias para que o Brasil consiga criar as bases para retomada do crescimento econômico, da geração de empregos", afirmou Edinho em entrevista coletiva após o encontro com Dilma, ministros e líderes no Planalto.
O governo se apega à crença de que as lideranças partidárias no Congresso têm consciência da importância da aprovação das medidas, diante da crise econômica interna e internacional.
"São lideranças que têm responsabilidade diante desse quadro e sabem da importância das medidas que garantam equilíbrio fiscal", disse.
Repatriação e meta fiscal
Sobre as divergências em relação ao projeto da repatriação de ativos no exterior, Edinho afirmou que o governo vai dialogar com o relator, deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), em busca de "consenso" sobre as mudanças feitas por ele em seu parecer, como a que diminuiu para 30% a alíquota total da multa que incidirá sobre os bens ou patrimônios mantidos no exterior que forem regularizados.
O porcentual alterado é menor do que o defendido pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. No projeto inicial, a equipe econômica queria alíquota total de 35%.
Da mesma forma, o ministro destacou que o governo também tentará dialogar com lideranças partidárias para tentar aprovar a mudança na meta fiscal de 2015 até dezembro.
Conforme vem sendo publicado pela imprensa, haveria um movimento capitaneado pelo PMDB para protelar a aprovação da mudança para 2016.
Dessa forma, a presidente Dilma cometeria mais um crime de responsabilidade fiscal, o que criaria novo motivo para um processo de impeachment contra ela.
"O governo está dialogando para que todas as medidas importantes que garantam o ajuste fiscal sejam aprovadas pelo Congresso", reiterou.