Segundo Bernardo, há equívocos no manifesto emitido pelo partido, entre eles um erro no valor total das desonerações (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 5 de março de 2013 às 17h37.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, reclamou das críticas vindas do Partido dos Trabalhadores (PT) em relação aos pacotes de benefícios dados pelo governo ao setor de telecomunicações.
Após reunião do Diretório Nacional realizada em Fortaleza nos dias 1º e 2 de março, o PT aprovou a resolução "Democratização da mídia é urgente e inadiável", na qual critica, entre outras coisas, a decisão do governo de "adiar a implantação de um novo marco regulatório das comunicações" e também a "isenção fiscal, no montante de R$ 60 bilhões, concedida às empresas de telecomunicações, no contexto do novo Plano Nacional de Banda Larga".
Segundo Bernardo, há equívocos no manifesto emitido pelo partido, entre eles um erro no valor total das desonerações.
O PT cita R$ 60 bilhões em isenção fiscal; já o ministro das Comunicações fala em R$ 6 bilhões em quatro anos.
Em sua resolução, o PT conclama "o governo a rever o pacote de isenções concedido às empresas de telecomunicações, a reiniciar o processo de recuperação da Telebras; e a manter a neutralidade da Internet (igualdade de acesso, ameaçada por grandes interesses comerciais".
"Estamos fazendo um esforço para tirar impostos e ainda reclamam", protestou o ministro na manhã desta terça-feira, 5, em Curitiba, onde esteve presente na cerimônia de inauguração da nova fábrica de cabos OPGW da Furukawa.
Sobre a criação de um marco regulatório para comunicações eletrônicas, o ministro reconhece que o documento está de acordo com as posições ideológicas do partido, e esclarece que a regulamentação será apenas das mídias eletrônicas e não da imprensa e do conteúdo jornalístico.