Carnaval: 495 blocos estão registrados na prefeitura para desfilar pelas ruas da cidade (Wikimedia Commons)
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 09h53.
São Paulo - Após se tornar um dos maiores eventos de São Paulo, o carnaval de rua vai receber neste ano patrocínio recorde de R$ 15 milhões, o triplo do que foi investido pelo setor privado em logística, infraestrutura e segurança dos blocos paulistanos em 2016.
Com o valor, a gestão do prefeito João Doria (PSDB) espera não ter de desembolsar dinheiro público para bancar o evento.
O carnaval de rua começa no dia 17 de fevereiro e vai até 5 de março. Ao todo, 495 blocos estão registrados na Prefeitura para desfilar pelas ruas da cidade, número 62% maior do que os 306 blocos que saíram no ano passado.
Diante do crescimento, a gestão Doria estima que o número de foliões suba de 2 milhões, em 2016, para 3 milhões neste ano, público semelhante ao da Virada Cultural, maior evento da cidade.
A escolha do parceiro que vai organizar e financiar a folia nas ruas envolveu uma disputa entre quatro interessados, incluindo a Liga da Escolas de Samba de São Paulo, e se arrastou por meses.
O desfecho deve ocorrer nos próximos dias, com a homologação da empresa Dream Factory, dona da melhor proposta e responsável pelas duas últimas edições do carnaval de rua paulistano e sete no Rio.
"O processo até demorou um pouco mais porque a gente quis aumentar esse valor de patrocínio. A gente acredita que, com esses R$ 15 milhões, o gasto da Prefeitura com o carnaval de rua seja zero ou muito próximo de zero", afirma o secretário da Cultura, André Sturm.
O dinheiro é usado, por exemplo, na montagem de palcos, aluguel de banheiros químicos e grades e contratação de seguranças e ambulâncias.
No ano passado, o carnaval de rua custou R$ 10,5 milhões para a Prefeitura, dos quais R$ 5 milhões foram bancados por patrocinadores.
Na ocasião, o maior patrocínio foi da cerveja Amstel, da Heineken, que tinha exclusividade nas vendas pelos ambulantes cadastrados. Neste ano, será a cerveja Skol, da Ambev. Em 2015, foi a Caixa Econômica Federal, com R$ 800 mil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.