O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: Patriota está em Maputo, capital moçambicana, para a 18ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). (REUTERS/Andres Stapff)
Da Redação
Publicado em 17 de julho de 2013 às 12h59.
Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou hoje (17) com o chanceler de Moçambique, Oldemiro Baloi, sobre os esforços conjuntos que podem ser feitos para buscar a paz e a estabilidade na África.
O continente sofre com crises no Egito, em Guiné-Bissau, no Sudão, em Mali e no Congo. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, condenou o ataque a militares e policiais durante operação das Nações Unidas em Darfur, no Sudão, há quatro dias.
“O governo brasileiro condena o ataque contra militares e policiais da Operação Híbrida da União Africana e das Nações Unidas em Darfur (Unamid), em 13 de julho, que resultou na morte de sete soldados tanzanianos e deixou 17 feridos”, diz o texto do Itamaraty. Em seguida, o comunicado acrescenta que o Brasil se solidariza às famílias dos mortos e ao governo da Tanzânia, assim como à Unamid.
O Sudão vive em situação de tensão há cerca de dez anos devido a confrontos entre grupos chamados de rebeldes que mantêm ataques a postos do governo sudanês e forças oficiais. Os conflitos envolvem questões de etnia e religião, principalmente entre árabes muçulmanos e tribos da região.
Na conversa com Baloi, Patriota agradeceu o apoio de Moçambique à eleição do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo. O chanceler aproveitou para reiterar que o país africano conta com o apoio brasileiro para integrar o Conselho da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Patriota está em Maputo, capital moçambicana, para a 18ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). A comunidade é formada por Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, além do Timor Leste. Os chanceleres debaterão o tema: Os Novos Paradigmas e o Futuro da CPLP na Era da Globalização.
Também devem ser discutidas as perspectivas de fortalecimento da comunidade de língua portuguesa, a evolução da situação política e institucional em Guiné-Bissau – que teve um golpe de Estado em 2012 e se prepara para eleições presidenciais em novembro deste ano.
Os ministros vão tratar ainda dos preparativos para a 2ª Conferência Internacional sobre o Futuro da Língua Portuguesa no Sistema Mundial, além de temas de segurança alimentar e nutricional.
Nos 17 anos de existência, a CPLP intensificou a articulação política entre os países do bloco, o que resultou em ações concretas de cooperação em áreas como saúde pública, agricultura e formação profissional. O fluxo comercial do Brasil com os países da CPLP cresceu mais de cinco vezes de 1996 a 2012, passando de US$ 740 milhões para US$ 4 bilhões.