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Passaredo pode perder concessão por cancelamentos de voos

A empresa operou apenas 668 dos 2.048 voos previstos para o mês passado, atingindo um índice de regularidade de apenas 32,6%


	Passaredo: a Anac já começou a punir a empresa pelos cancelamentos de voos
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Passaredo: a Anac já começou a punir a empresa pelos cancelamentos de voos (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 10h16.

São Paulo - A companhia aérea regional Passaredo, que está em recuperação judicial, cancelou quase 70% dos seus voos em outubro e pode perder concessões de rotas e espaços em aeroportos, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A empresa operou apenas 668 dos 2.048 voos previstos para o mês passado, atingindo um índice de regularidade de apenas 32,6%. O número é abaixo do porcentual de 80% recomendado pela legislação.

A Anac já começou a punir a empresa pelos cancelamentos. A agência abriu um processo administrativo em 14 de novembro para cassar autorizações de voos de 16 rotas da empresa nas quais ela cancelou mais voos do que o permitido pela lei.

“Constatamos que a empresa não atingiu a regularidade mínima de 80% em algumas rotas. Portanto, foi aberto processo administrativo para cassação dessas autorizações”, disse a Anac, em comunicado à reportagem.


A avaliação é feita com base nos índices de regularidade dos últimos três meses em cada rota. A Passaredo operou com índices médios de 90%, 76,5% e 32,6% em agosto, setembro e outubro, respectivamente. A Passaredo disse que não foi notificada pela Anac sobre o processo de cassação de rotas.

"“Desconhecemos esse processo”", disse o diretor de relações institucionais da empresa, Jorge Vianna. Segundo ele, a empresa está protegida contra a cassação de “ativos” fundamentais para sua recuperação, como espaço em aeroportos e concessões de voos. '“Tudo está protegido pelo processo de recuperação judicial. Sem esses ativos, não conseguiremos nos recuperar".”

O plano de recuperação da Passaredo passou pela redução da frota da companhia de 11 para 4 aeronaves de junho até agora. “A redução nos fez deixar de operar temporariamente alguns destinos. Mas a intenção é retomar as rotas aos poucos”, disse Vianna. A empresa receberá dois novos aviões da francesa ATR até janeiro. 

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