Brasil

Passageiros do metrô fecham a Radial Leste em São Paulo

Após não conseguirem embarcar na Linha Vermelha do metrô, os passageiros interditaram a principal ligação do centro da capital paulista com o extremo leste da cidade

Os trabalhadores do metrô estão em greve por reposição da inflação calculada pelo Dieese, aumento real de 14,99% e reajuste de 23,44% para o vale-refeição
 (Flickr)

Os trabalhadores do metrô estão em greve por reposição da inflação calculada pelo Dieese, aumento real de 14,99% e reajuste de 23,44% para o vale-refeição (Flickr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2012 às 08h51.

São Paulo – A Avenida Radial Leste, principal ligação do centro da capital paulista com o extremo leste da cidade, foi interditada nos dois sentidos por passageiros que não conseguem embarcar no metrô de São Paulo. Ontem (22) à noite, os metroviários decidiram entrar em greve porque não chegaram a um acordo em relação ao dissídio, em reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O protesto ocorre desde as 6h, em frente à Estação Corinthians-Itaquera.

A paralisação atinge principalmente os trens do metrô na zona leste, a região mais populosa da cidade. Segundo a direção da companhia, a Linha 3 Vermelha (Corinthians-Itaquera a Palmeiras – Barra Funda) só está funcionando no trecho Bresser-Mooca a Santa Cecília. A Linha 2 Verde, que liga a Vila Madalena à Vila Prudente, funciona entre as estações Ana Rosa e Clínica e a Linha 1 Azul (Tucuruvi a Jabaquara) opera entre as estações Ana Rosa e Luz.

Já as linhas 5 Lilás (Capão Redondo – Largo Treze) e 4 Amarela (Butantã – Luz), que tem administração da empresa Via Quatro, funcionam normalmente, segundo o metrô.

Também entraram em greve os ferroviários das linhas Safira e Coral, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que atendem à zona leste. Os funcionários representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil querem aumento real de 5%, além reposição da inflação de 5,83%, calculada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Foi acionado o Plano de Apoio entre Empresas de Transporte frente a Situações de Emergência (Paese), que coloca mais ônibus nas ruas para fazer os trechos que deixaram de ser atendidos pelo metrô e pela CPTM.

Os trabalhadores do metrô querem a reposição da inflação calculada pelo Dieese, aumento real de 14,99% e reajuste de 23,44% para o vale-refeição.

O TRT determinou que os metroviários devem garantir 100% do efetivo nos horários de pico, compreendidos entre as 5h e as 9h e as 17h e as 20h, e 85% nos demais horários. O tribunal proibiu os trabalhadores de liberarem as catracas. Em caso de descumprimento, o sindicato está sujeito a multa diária de R$ 100 mil.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEmpresasEmpresas estataisEstatais brasileirasGrevesMetrô de São PauloMetrópoles globaismobilidade-urbanaPolítica no BrasilProtestossao-pauloTransporte públicotransportes-no-brasil

Mais de Brasil

Homem-bomba gastou R$ 1,5 mil em fogos de artifício dias antes do atentado

O que muda com projeto que proíbe celulares nas escolas em São Paulo

Haddad se reúne com cúpula do Congresso e sinaliza pacote fiscal de R$ 25 bi a R$ 30 bi em 2025

Casos respiratórios graves apresentam alta no Rio e mais 9 estados