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Partidos vão pedir fim do sigilo em delações a Fachin, diz jornal

Fim do sigilo nas delações da Odebrecht tem apoio do presidente Michel Temer, citado por executivo da empreiteira

Ministro Edson Fachin: novo relator da Lava Jato no STF é pressionado para fim do sigilo (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação)

Ministro Edson Fachin: novo relator da Lava Jato no STF é pressionado para fim do sigilo (Rosinei Coutinho/SCO/STF/Divulgação)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 4 de fevereiro de 2017 às 13h57.

Última atualização em 13 de março de 2017 às 19h31.

São Paulo - Os partidos da base do governo de Michel Temer pretendem pedir na próxima semana ao ministro Edson Fachin, novo relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o fim do sigilo nas delações premiadas de empresários da Odebrecht.

A informação foi publicada neste sábado (4) pelo jornal Folha de S.Paulo. Segundo a publicação, o movimento teria apoio do Planalto.

O próprio presidente Temer já defendeu publicamente o fim do sigilo nas delações de funcionários da empreiteira, quando seu nome foi citado por um dos investigados, conforme a imprensa divulgou em dezembro do ano passado.

No último dia 30, a presidente do Supremo, a ministra Cármen Lúcia, homologou o acordo de delação premiada de 77 executivos da Odebrecht, mantendo os depoimentos sob sigilo.

A decisão de Cármen pôs fim a uma série de especulações sobre a velocidade da continuidade da tramitação da Lava Jato, geradas com a morte do ministro Teori Zavascki, no último dia 19, em um acidente aéreo em Paraty (RJ).

A presidente do Supremo homologou as delações uma semana após autorizar a equipe de juízes auxiliares de Teori a continuar as audiências necessárias para a confirmação de cada um dos 77 acordos.

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