Beto Albuquerque: "estamos juntando as informações para que isso não deixe qualquer dúvida para ninguém" (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2014 às 17h37.
São Paulo - O candidato a vice-presidente da República pela chapa de Marina Silva, Beto Albuquerque (PSB), disse hoje (25) que a direção do partido será a responsável pelas investigações a respeito da denúncia de que o jato usado por Eduardo Campos no acidente ocorrido no último dia 13, em Santos (SP), que matou o ex-governador pernambucano e mais seis pessoas, foi comprado com o uso de recursos não contabilizados.
De acordo com informações veiculadas em uma revista semanal, o proprietário e as pessoas responsáveis pelas despesas do jato Cessna Citation PR-AFA ainda não foram encontrados. Além disso, há denúncias de que o partido não declarou nenhuma informação sobre o jatinho à Justiça Eleitoral. A identificação dos donos do avião é necessária para que as famílias das vítimas possam entrar com pedidos de recebimento de seguro.
“Espero que, entre hoje e amanhã, através do escritório de advocacia que contratamos, possamos dar ao Brasil todos os esclarecimentos. Estamos juntando as informações para que isso não deixe qualquer dúvida para ninguém. Não devemos passar dessa semana sem dar as explicações e esclarecimentos devidos”, disse Albuquerque, após visita à 23ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, na capital paulista, ao lado da sua candidata à Presidência, Marina Silva.
Marina destacou que tem a preocupação de que todos os esclarecimentos sejam dados. “Tanto quanto as razões do acidente, quanto do ponto de vista legal. Esse é um esforço que o partido está fazendo com o senso de responsabilidade que temos que ter com uma questão como essa. Nós queremos que sejam dadas explicações de acordo com a materialidade dos fatos, e para isso é preciso que tenhamos o tempo necessário para que essas explicações tenham a devida base legal”.
Marina ressaltou que a visita à Bienal ocorreu em função do espaço destinado à educação em seu programa de governo. Para ela é preciso deixar claro que a educação passa por dois processos: a entrada na escola na idade certa e da maneira certa, com ensino em período integral; e o [processo] exercido pela comunidade escolar, que envolve familiares e outros agentes educacionais.
“Queremos uma educação que seja capaz de alfabetizar com competência, de formar com capacidade, para que as pessoas possam acessar ocupações que melhorem suas vidas, e [capaz de] formar cidadãos de acordo com as necessidades do nosso país. Queremos também valorizar a leitura como forma complementar de formação da criança, do adolescente e do jovem”, disse.