Presidente provisório Michel Temer entre o ministro Romero Jucá e o presidente do Senado Renan Calheiros, todos do PMDB: reportagem afirma que líderes do partido são acusados de receber propina (Adriano Machado)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2016 às 21h45.
“O mesmo partido que criou uma bagunça no Rio de Janeiro, agora, está no comando do Brasil."
É deste jeito que críticos ouvidos pelo New York Times avaliam o PMDB, sigla do presidente em exercício Michel Temer e do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
A reportagem destaca como o Rio prometeu ser um caso de sucesso com as Olimpíadas, mas está caindo em um conto do que o PMDB pode significar para o resto do País.
“O Rio está se desenvolvendo em uma mini-Venezuela enquanto seus líderes encontram um jeito de desperdiçar a bonança de petróleo”, diz o economista Marcelo Portugal ao jornal.
Com a proximidade dos jogos no Rio, o New York Times ressalta que atletas estão enojados com a baía contaminada pelo esgoto que gostariam que a provas de regatas mudasse de local. Destaca ainda que no mês passado uma ciclovia desabou após ser atingida por uma onda do mar.
A reportagem afirma ainda que líderes do partido, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), são acusados de receber propina. Além de Renan, o NYT cita o ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Ele é acusado de ter recebido cerca de 5% do custo da renovação da marca do Maracanã e de outros projetos públicos.
“O Rio está em crise por causa do PMDB”, diz Leonardo Siqueira, distribuidor de cosméticos. “São políticos que governam para eles e não para os cidadãos”, acrescenta.
O PMDB é descrito como um partido de centro, com ideologia maleável.