Bolsonaro: o político é capitão reformado do Exército (Rodolfo Buhrer/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 4 de abril de 2018 às 10h04.
São Paulo - O pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), que é capitão reformado do Exército, apoiou a declaração do general-comandante Eduardo Villas Bôas de que o Exército "se mantém atento às suas missões institucionais". A declaração do comandante foi dada nesta terça-feira, 3.
Bolsonaro escreveu que "o partido do Exército é o Brasil. Homens e mulheres, de verde, servem à Pátria. Seu Comandante é um Soldado a serviço da Democracia e da Liberdade. Assim foi no passado e sempre será".
O partido do Exército é o Brasil. Homens e mulheres, de verde, servem à Pátria. Seu Comandante é um Soldado a serviço da Democracia e da Liberdade. Assim foi no passado e sempre será. Com orgulho: "Estamos juntos General Villas Boas." Jair Bolsonaro / Capitão / Deputado Federal.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 4, 2018
A fala de Villas Bôas, às vésperas do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi entendida como um recado aos ministros do Supremo Tribunal Federal. O comandante recebeu apoio de diversos oficiais do Exército.
Também deputado pelo Rio de Janeiro, Jean Wyllys (PSOL) fez duras críticas ao que ele chamou de "chantagem" e "estímulo ao caos social" promovido pelo general. "As mensagens são graves demais, são uma chantagem ao Supremo Tribunal Federal, talvez a maior chantagem desde a ditadura", disse Jean Wyllys.
O parlamentar do PSOL afirma que "não é papel" do general Villas Bôas "chantagear o STF para defender sua posição ideológica". "O Congresso ainda não foi fechado, os 513 deputados e 81 senadores eleitos tem que ser respeitados", disse.