Prisão: há cerca de um ano o governo paranaense enfrentou uma situação parecida com a do Maranhão (Ali al-Saadi/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 21h41.
São Luís - A secretária de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos do Paraná, Maria Tereza Uille Gomes, apresentou ao governo do Maranhão o modelo de gestão das prisões paranaenses e as experiências de administração penitenciária bem-sucedidas adotadas no Estado.
Maria Tereza Uille destacou a apresentação da ferramenta de Business Inteligence (BI), que permite integrar dados do Poder Executivo e Poder Judiciário para acompanhamento dos presos. "O Paraná tem resultados positivos. Temos planejamento, plano de gestão que mostram resultados", afirma a secretária.
Há cerca de um ano o governo paranaense enfrentou uma situação parecida com a do Maranhão, com ordens de ataques a coletivos e delegacias partindo de dentro de presídios. Mais de 90 ônibus foram queimados em 28 cidades paranaenses.
Segundo o governo do Paraná, do início de 2011 para cá, houve redução no número de presos, de 30.449 para 28.027 detentos, sem que houvesse aumento do número da criminalidade no Estado. "O índice de homicídios foi reduzido em 23,4% em três anos. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, o número de homicídios dolosos, que foi de 2.490 em 2010, caiu para 1.907 em 2013", garantiu a secretária.
Outro auxilio para resolver o problema da superlotação das prisões maranhenses virá da colaboração de 30 defensores públicos de vários estados nos próximos 15 dias para auxiliar 21 defensores públicos, 28 promotores e 22 juízes maranhenses encarregados do Mutirão Carcerário. Na sua primeira fase, cerca de 1 mil processos deverão ser revisados.
Nesta quarta-feira, 15, o Ministério Público estadual instaurou um procedimento administrativo para apurar denúncias de violência sexual contra mulheres das famílias de presos do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e dos demais estabelecimentos prisionais de São Luís.