De 14 voos previstos para o aeroporto Santos Dumont (RJ), oito tiveram atrasos ou foram cancelados (Tânia Rêgo/ABr)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 07h04.
São Paulo - Uma paralisação de aeronautas e aeroviários no início da manhã desta quinta-feira, 22, resultou no atraso e cancelamento de voos nos principais aeroportos do País.
Nos terminais administrados pela Infraero em todo o território nacional, a média de voos domésticos atrasados saiu de 4,4%, às 6 horas, para 9,1%, às 7 horas.
Entre os voos cancelados, o número passou de 1,8% para 5,1% durante o horário previsto da paralisação. Quanto aos embarques internacionais, apenas um dos 16 embarques previstos registrava atraso até as 7 da manhã. A categoria reivindica aumento salarial de 8,5% e melhores condições de trabalho.
De 14 voos previstos para o aeroporto Santos Dumont (RJ), oito tiveram atrasos ou foram cancelados. Já em Congonhas (SP), oito das 20 operações programadas foram afetadas.
Outros locais com mais reflexos da paralisação, de acordo com dados da Infraero, são o terminal de Viracopos, em Campinas (SP), onde cinco dos 16 voos foram cancelados, e o aeroporto de Fortaleza, que teve oito dos 27 voos com atraso ou suspensos.
No aeroporto internacional de Guarulhos, a concessionária disse não ter informações sobre as consequências da paralisação até o momento, mas afirmou que sindicalistas tentaram impedir o acesso de funcionários ao local de trabalho logo no início da manhã.
De acordo com informações do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), os grevistas farão assembleias às 15 horas de hoje nos aeroportos onde houve paralisação para deliberar os rumos do movimento. Até o momento, não há um balanço sobre a adesão de trabalhadores da categoria à paralisação.
TST
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou na quarta-feira, 21, que os grevistas assegurassem a manutenção mínima de 80% dos profissionais em serviço.
O descumprimento da decisão considera pena com multa diária de R$ 100 mil. Em outra liminar, o ministro determinou também aos aeroviários (pessoal de terra) a manutenção de 80% dos serviços.
Segundo o TST, na negociação salarial, os empregados das empresas aéreas pedem aumento de 8,5% nos salários e benefícios, melhores condições de trabalho e estabelecimento de um piso salarial para os agentes que fazem o check-in.