Ônibus: passageiros se sentiram prejudicados com o movimento por não terem outra alternativa para se locomover (Chico Ferreira/Reuters)
Da Redação
Publicado em 19 de maio de 2016 às 16h02.
A paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus feita hoje (19) foi encerrada com uma hora de antecedência e os ônibus já voltaram a circular no Terminal Pinheiros.
Apesar de o terminal ser integrado à Linha 4 Amarela do Metrô e à Linha 9 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), passageiros se sentiram prejudicados com o movimento por não terem outra alternativa para se locomover.
A paralisação foi feita como forma de protesto ao reajuste salarial de 2,31% oferecido pelas empresas. A categoria reivindica 5%.
Apesar de ter sabido com antecedência da paralisação de hoje, o técnico em internet Rodrigo Magalhães, 40 anos, foi pego de surpresa, pois acreditava que o ato seria feito pela manhã.
“O problema é que eles fazem paralisação e não se preocupam com o povo. Sou a favor de que eles façam manifestação, mas que pelo menos deixem as pessoas cientes. Estou indo do trabalho no Bom Retiro para casa no Campo Limpo, e mesmo que eu pegue o metrô, obrigatoriamente terei que usar um ônibus”, disse.
Reclamações
A dona de casa Raquel de Carvalho, 58 anos, disse que se sentia presa. Ela sabia da paralisação, mas tinha consulta médica e não podia adiar.
“Eu só não deixei para outro dia porque estou passando mal. Vou ter que esperar porque de qualquer maneira teria que pegar um ônibus porque vou para o Campo Limpo. Eles podiam liberar a catraca para o povo, já que eles querem aumento e a prefeitura não dá. Nós já pagamos a passagem e ter que pagar por isso é demais”.
Já a biomédica Ana Hernandes, 24 anos, veio de Serra Negra para buscar um certificado de ensino e dependia do ônibus para chegar à universidade.
“Eu viajei quatro horas, peguei um engarrafamento para chegar em São Paulo e agora preciso ir para o Morumbi. Não sei o que vou fazer porque não conheço São Paulo. Além de ir na faculdade, preciso ir em outro local para levar o certificado e voltar ainda hoje para o interior”.