O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-prefeito Gilberto Kassab (Cris Catello Branco/Divulgação/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2014 às 19h18.
Porto Alegre - O presidente do PSD no Rio Grande do Sul, José Paulo Cairoli, disse nesta sexta-feira ao Broadcast Político que não acredita que esteja descartada uma aliança do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab com o PSDB para apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin.
"É uma negociação que ocorre há algum tempo e acho difícil que se descarte de um dia para o outro", afirmou.
Ele não soube dizer, no entanto, como ficaria a composição da chapa com a entrada do PSB na coligação. "Venho conversando com o Kassab e a informação que eu tinha até bem pouco tempo atrás é de que ele estava se alinhando para ser o vice do Alckmin", explicou.
"Eu não falei com ele (Kassab) hoje e não sei se isso que está sendo dito desde ontem está correto. Há muita especulação nesse momento."
Ele se refere à notícia de que o PSB teria chegado a um acordo com o PSDB para oficializar o apoio à reeleição de Geraldo Alckmin com a garantia de ocupar a vaga de vice na chapa com o tucano, o que, supostamente, afastaria Kassab do arranjo.
"Eu não acredito que uma mudança como essa pode ter ocorrido de ontem para hoje, porque as tratativas (com o PSD) estavam bem adiantas", explicou.
Hoje, na convenção do PSB paulista, o partido confirmou a aliança com o PSDB no Estado e o apoio à reeleição de Geraldo Alckmin.
Segundo Cairoli, a aliança com o PSD só seria inviabilizada se o PSDB impusesse a Kassab a condição de apoiar o senador Aécio Neves na campanha à Presidência da República, uma vez que o PSD já se comprometeu a apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
"Qualquer arranjo no nível estadual passa pela manutenção desse compromisso", disse. "A prioridade para ele (Kassab) é o apoio nacional à Dilma, principalmente por ele ser presidente do partido."
Cairoli, que concorrerá a vice-governador do Rio Grande do Sul na chapa encabeçada por José Ivo Sartori, do PMDB, também afirmou que, se realmente não der certo a aliança de Kassab com Alckmin, a tendência natural é de que o PSD se alinhe com o PDMB, que lançou Paulo Skaf como candidato ao governo.
"Ele (Kassab) vem conversando com os dois partidos desde o início. E, no momento que você começa a negociar esse tipo de coligação, a candidatura própria perde o sentido."