Brasil

Para oposição, alta da Selic é remédio sem efeito

Líderes consideram que Selic é o único remédio usado pelo governo para tentar conter a pressão inflacionária, mas não tem surtido efeito


	José Agripino Maia (DEM-RN): senador acredita que governo continuará a aumentar selic para tentar segurar a inflação no patamar abaixo de 6,5%
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

José Agripino Maia (DEM-RN): senador acredita que governo continuará a aumentar selic para tentar segurar a inflação no patamar abaixo de 6,5% (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 21h37.

Brasília - Líderes da oposição consideram que o aumento da Selic para 10,5%, anunciado nesta quarta-feira, 15, pelo Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC), é o único remédio usado pelo governo Dilma Rousseff para tentar conter a pressão inflacionária, mas não tem surtido efeito.

"O governo tenta, desesperadamente, conter o processo inflacionário adotando a surrada estratégia de aumentar as taxas de juros neste enfrentamento. É uma tentativa de compensar a falta de reformas estruturais, que ficaram no papel. (O governo) sofre pela falta de criatividade nos últimos anos", afirmou o vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).

O presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que o governo não tem alternativa. Mas a consequência da elevação da Selic será a inibição dos investimentos. De acordo com Maia, o governo continuará a aumentar as taxas básicas de juros para tentar segurar a inflação no patamar abaixo de 6,5%, o teto da meta estipulada.

"As decisões do Copom serão injeções mensais de estricnina pura", afirmou, referindo-se a um veneno letal. Segundo ele, o governo Dilma deve subir a Selic também para assegurar a reeleição dela.

Acompanhe tudo sobre:CopomEstatísticasIndicadores econômicosJurosOposição políticaPolítica monetáriaSelic

Mais de Brasil

PF convoca Mauro Cid a prestar novo depoimento na terça-feira

Justiça argentina ordena prisão de 61 brasileiros investigados por atos de 8 de janeiro

Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

G20: Argentina quer impedir menção à proposta de taxação aos super-ricos em declaração final