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Para Moro, queda de homicídios e governo Bolsonaro não são "coincidência"

Ministro citou o "discurso diferenciado, tanto da segurança pública, quanto da Justiça", sobre a importância de "retirar o criminoso perigoso de circulação"

Sergio Moro: ministro acredita que mudanças nos governos e queda nas estatísticas de homicídio estão correlacionadas (Valter Campanato/Agência Brasil)

Sergio Moro: ministro acredita que mudanças nos governos e queda nas estatísticas de homicídio estão correlacionadas (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de maio de 2019 às 06h08.

São Paulo - Em entrevista à GloboNews concedida na madrugada de quarta para quinta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que o fato de as estatísticas de homicídios terem caído no País nos primeiros meses deste ano pode estar associado a medidas tomadas pelo governo Jair Bolsonaro e pelas novas administrações estaduais, além do endurecimento do discurso na área de segurança.

Embora reconheça a dificuldade de se identificar os motivos exatos por trás do comportamento desse tipo de índice, o ex-juiz da Lava Jato disse acreditar que a queda expressiva dos homicídios e as mudanças nos governos federal e estaduais neste ano não são "coincidência".

Para exemplificar sua opinião, Moro cita o "discurso diferenciado, tanto da segurança pública, quanto da Justiça", sobre a importância de se "retirar o criminoso perigoso de circulação". O ministro apontou ainda a valorização da classe policial pelo governo federal e o isolamento das principais lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), em um esforço conjunto com o governo do Estado de São Paulo.

Já ao comentar sobre a letalidade policial no Rio, Moro afirmou que a situação na região é "peculiar" e impede o enfrentamento da criminalidade de maneiras convencionais. O ministro concorda que o aumento das mortes por policiais do Estado não é algo a se comemorar, mas disse que não se sentiria confortável em estabelecer uma correlação entre a piora da estatística e a política de segurança empregada pelo governador Wilson Witzel (PSC).

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