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Para Marina, apoio a Alckmin é equívoco

Pré-candidata à vice na chapa do PSB à presidência disse que a Rede Sustentabilidade pode seguir "caminho próprio e independente" em SP


	Marina Silva:  pré-candidata a vice de Eduardo Campos à presidência não quer apoiar Alckmin
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Marina Silva:  pré-candidata a vice de Eduardo Campos à presidência não quer apoiar Alckmin (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2014 às 09h50.

São Paulo - A pré-candidata a vice na chapa do PSB à Presidência da República, a ex-ministra Marina Silva, divulgou nota ontem criticando o apoio de seu partido à reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB) ao governo de São Paulo. Marina afirma que a aliança com o governador tucano é um "equívoco" e que a Rede Sustentabilidade, caso a indicação não seja revertida, seguirá "caminho próprio e independente" no Estado.

Anteontem, o diretório paulista do PSB aprovou por unanimidade um indicativo de apoio a Alckmin. A decisão representou um revés para a ex-ministra e seu grupo, que travavam uma batalha dentro do partido em defesa da candidatura própria em São Paulo. A decisão também ignora o acordo feito entre Marina e o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, de a sigla lançar candidato no maior colégio eleitoral do País.

"Consideramos necessário manter independência e lançar uma candidatura própria, que dê suporte ao projeto de mudança para o Brasil liderado por Eduardo Campos, e que dê ao povo de São Paulo a chance de fazer essa mudança também no âmbito estadual", escreveu a ex-ministra.

Desde que a Rede Sustentabilidade se uniu ao PSB, em outubro de 2013 - após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negar o registro à legenda por não atingir o número mínimo de assinaturas necessárias -, há divergências internas entre os grupos, sempre minimizadas por Campos, presidente nacional do partido. A aliança com o PSDB em São Paulo, desejo do presidente estadual do PSB, Márcio França, é uma das disputas internas mais importantes.

Durante o encontro de anteontem, o nome de França foi lançado para ocupar o lugar de vice na futura chapa encabeçada por Alckmin. O posto também é cobiçado pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Presidente nacional do PSD, Kassab deixa em aberto a possibilidade de concorrer ao Palácio dos Bandeirantes. No plano nacional, ele tem garantido apoio do partido à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O apoio a Alckmin precisa ser confirmado na convenção estadual do PSB, prevista para o dia 21 deste mês. Eduardo Campos tem afirmado, contudo, que não pretende fazer uma intervenção no diretório paulista para impedir a aliança com o governador tucano.

Polarização

Na nota divulgada ontem, Marina ressalta que a Rede busca criar uma alternativa "que supere a velha polarização PT-PSDB, e que proporcione apoio efetivo à candidatura de Eduardo Campos". Em seguida, a ex-ministra afirma que espera que os "companheiros do PSB" não levem adiante essa indicação de apoio ao tucano.

"Nesse sentido, manteremos o diálogo aberto e respeitoso. Mas, desde já, deixamos clara nossa posição de que, caso essa indicação não seja revertida, seguiremos caminho próprio e independente em São Paulo", destacou a ex-ministra, que ocupou a pasta do Meio Ambiente durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Dirigentes do PSB paulista argumentam que a aliança com o PSDB seria o melhor caminho para a legenda aumentar suas chances de vitória na corrida presidencial. Apostam que o distanciamento entre Alckmin e o pré-candidato do PSDB ao Planalto, senador Aécio Neves (MG), pode favorecer a votação de Campos no Estado.

O ex-governador de Pernambuco aparece em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás de Dilma e de Aécio, respectivamente. Os levantamentos mostram ainda que as intenções de voto em Campos estão estagnadas ou em queda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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