Brasil

Para Maia, onda de 2018 foi quebrada e pleito de 2022 será "outra eleição"

Para Maia, o impacto das redes sociais nas eleições deste ano foi limitado pela ação do STF que colocou limitar a divulgação de fake news

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Adriano Machado/Reuters)

Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2020 às 08h12.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira que considera ter ocorrido uma quebra de uma onda nas eleições municipais que vinha desde o pleito de 2018, mesmo tendo ressalvado que a disputa aos cargos de prefeitos e vereadores não tem "essa influência toda" na eleição presidencial de 2022.

A política vai seguir dando o tom na bolsa? Vai. E você pode aproveitar as oportunidades. Assine gratuitamente a EXAME Research

"Acho que será outra eleição em 2022, aliás, acho que o ciclo de 18 nós só vamos ter daqui a 30, 40 anos, em novo ciclo político, que certamente esses ciclos sempre aparecem na política", disse ele, na abertura do XXIII Congresso Internacional de Direito Constitucional.

O presidente Jair Bolsonaro liderou uma onda da antipolítica que tomou conta do país na votação de dois anos atrás. Alguns representantes dessa onda que concorreram no pleito municipal deste mês, no entanto, fracassaram.

Para Maia, o impacto das redes sociais nas eleições deste ano foi limitado pela ação do Supremo Tribunal Federal (STF) que colocou limites ao realizar investigações contra esquemas de divulgação de fake news. Ele citou também a discussão no Congresso sobre a difusão de notícias falsas também repercutiu no pleito.

O presidente da Câmara afirmou que isso limitou a força dos extremos, a contaminação da disputa por narrativas falsas e teve um resultado no qual a política em si foi vitoriosa.

Maia destacou que o processo político demonstrou que a sociedade fez opção pela experiência em alguns Estados. Disse ainda que há uma diferença muito grande entre a realização de um sonho eleitoral e a concretização de um programa de governo.

O dirigente citou exemplo de Estados como Rio de Janeiro e Santa Catarina em que a falta de experiência de administradores gerou crises -- os governadores dos dois Estados estão afastados após serem alvos de processos de impeachment.

Acompanhe tudo sobre:Eleições 2020Rodrigo Maia

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022