Brasil

Para Maia, governo Bolsonaro tem defesa frágil ao decreto de armas

O presidente da Câmara acredita ter pontos inconstitucionais na medida apresentada pelo Executivo e que ainda deve ser aprovada pelo Congresso

Rodrigo Maia: presidente da Câmara tem críticas à medida do governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Rodrigo Maia: presidente da Câmara tem críticas à medida do governo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de junho de 2019 às 18h25.

Última atualização em 18 de junho de 2019 às 18h28.

Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a defesa do governo de Jair Bolsonaro à aprovação ao decreto que flexibilizou o porte de armas é frágil. "O governo tem uma defesa do decreto que acho frágil, mas respeito".

Maia ressaltou a necessidade da medida do Executivo passar pela análise do Congresso e que a proposta tem partes constitucionais e inconstitucionais. "A posição do Parlamento é sempre de analisar a Constitucionalidade." Ele negou que haja conflito entre Congresso, Executivo e Judiciário nessa questão. "Não tem conflito. Tem um debate que está sendo construindo".

"As mudanças do CAC (para Caçador, Atirador, Colecionador) é 100% constitucional", disse. "A parte do artigo 20 que trata do porte de armas para profissões, do meu ponto de vista, é inconstitucional", acrescentou.

Para o deputado, é preciso esperar qual será o posicionamento do Senado em relação à medida. A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara realiza nesta tarde uma audiência.

Maia afirmou ainda que entende que o porte rural é inconstitucional. "Temos um acordo para deixar a posse do campo seja estendida a propriedade e não só ao imóvel. A parte da discricionariedade da PF tem que ser resolvida por lei e não por decreto", disse.

Acompanhe tudo sobre:ArmasJair BolsonaroRodrigo Maia

Mais de Brasil

Após 99, Uber volta a oferecer serviço de mototáxi em SP

Após prever reforma ministerial até dia 21, Rui Costa diz que Lula ainda começará conversas

Fuvest antecipa divulgação da lista de aprovados na 1ª chamada do vestibular para esta quarta

Governo Lula se preocupa com o tom usado por Trump, mas adota cautela e aguarda ações práticas