Brasil

Para Maia, aliança entre PT e Maluf "é natural"

Segundo o presidente da Câmera, a aliança entre os partidos faz sentido se for considerado que o PP faz parte da base aliada de Brasília

Maia: "Não há nenhum desconforto em uma aliança do PT com o PP. Teria se fosse com o DEM, o PSDB ou PPS" (José Cruz/ABr)

Maia: "Não há nenhum desconforto em uma aliança do PT com o PP. Teria se fosse com o DEM, o PSDB ou PPS" (José Cruz/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 15h48.

Brasília - O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu nesta terça a aliança de seu partido com o PP do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) para a disputa da prefeitura de São Paulo. A ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do candidato Fernando Haddad à casa de Maluf para oficializar a aliança irritou a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), que chegou a ameaçar deixar o posto de vice na chapa. Mas para Maia, a aliança é natural.

"O PP faz parte da base aliada em Brasília e a resolução política do PT é de procurar aliança com partidos da base. Não há nenhum desconforto em uma aliança do PT com o PP. Teria se fosse com o DEM, o PSDB ou PPS", disse Maia.

Maia disse que a aliança com o PP se insere "na composição mais ampla que o PT patrocina no campo federal" e que a composição "não é apenas com Maluf". Para Marco Maia a aproximação do PT com Maluf não terá consequência negativa na eleição. "O eleitor ao escolher seus representantes olhará para propostas, para o projeto para a cidade. Temos que evoluir na dinâmica de não olhar mais para as pessoas, mas para o projeto".

Comércio de emendas

O presidente da Câmara afirmou que vai encaminhar à Corregedoria da Casa o pedido de investigação sobre um suposto esquema de comércio de emendas entre deputados da Bahia. Segundo reportagem do jornal O Globo, o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA) teria negociado com os colegas Marcos Medrado (PDT-BA), Geraldo Simões (PT-BA) e com o ex-parlamentar Fernando de Fabinho (DEM-BA).

Maia negou que o caso se configure em um "esquema" com emendas. "Não há um esquema de compra e venda de emendas. Há uma denuncia de um ou dois parlamentares que precisa ser investigada. A maioria faz bom uso das emendas".

O presidente da Câmara defendeu as emendas parlamentares ao afirmar que esta é a forma mais eficiente da sociedade participar da elaboração do Orçamento. "Entre a decisão de parlamentares que visitam suas bases e cidadãos que ficam atrás de uma mesa prefiro que os representantes da sociedade tomem as decisões sobre a aplicação de recursos públicos", afirmou.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEleiçõesFernando HaddadGoverno DilmaMetrópoles globaisPartidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPolíticos brasileirosPrefeitosPT – Partido dos Trabalhadoressao-paulo

Mais de Brasil

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência

Lula discute atentado com ministros; governo vê conexão com episódios iniciados na campanha de 2022