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Para Jean Wyllys, Feliciano continuar é radicalização do PSC

De acordo com o deputado, as lideranças do PSC estão “confundindo” as criticas ao pastor como se fosse à própria legenda


	Para Wyllys, o acirramento dos ânimos por parte do PSC pode provocar ainda mais confusão nas reuniões da Comissão de Direitos Humanos
 (Lula Lopes/Contigo)

Para Wyllys, o acirramento dos ânimos por parte do PSC pode provocar ainda mais confusão nas reuniões da Comissão de Direitos Humanos (Lula Lopes/Contigo)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2013 às 13h39.

Brasília - O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), um dos idealizadores da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, criada em protesto à eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos, criticou a decisão do PSC de manter o pastor, que é acusado de homofobia e racismo, no cargo.

Para Wyllys, o acirramento dos ânimos por parte do PSC pode provocar ainda mais confusão nas reuniões da Comissão de Direitos Humanos.

“Não falo em nome do movimento [LGBT], mas se um lado radicaliza, o outro tende a radicalizar. Se o PSC radicaliza e não ouve a voz dos movimentos socais, das redes sociais, o pedido para que esse homem saia da presidência, se a tendência é radicalizar e não dar ouvidos, é lógico que o movimento radicalize do outro. Isso não é bom para a Câmara, para o Legislativo, para o PSC, nem para o país”, disse Wyllys.

Para o deputado, as lideranças do PSC estão “confundindo” as criticas ao pastor como se fosse à própria legenda.

“Em nenhum momento o PSC foi chamado disso [homofóbico e racista], quem está sendo chamado é o pastor Marco Feliciano, porque há provas em relação a isso. Agora, não se estende ao partido como um todo. Tanto é que a nossa batalha é para que o PSC indique uma outra pessoa do partido”, disse.

Hoje, o PSC manteve o apoio ao pastor Marco Feliciano como presidente da Comissão de Direitos Humanos, mesmo após semanas de críticas ao deputado por declarações consideradas ofensivas ao homossexuais e aos negros. Em nota, o PSC defendeu o pastor e negou o rótulo de homofóbico e racista.

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